A crise deixou a sua marca em 2008; algumas empresas reduziram as suas atividades e outras surgiram ou continuaram o seu crescimento.
Com certeza, o ano de 2008 será lembrado como um dos períodos em que a nossa aviação comercial sofreu mais mudanças. Surgiu uma companhia aérea, outra mudou a sua identidade visual, ocorreu uma fusão, linhas internacionais foram canceladas e várias pequenas empresas enfrentam momentos difíceis, operando com frotas reduzidas e até suspendendo, pelo menos temporariamente, suas operações como empresas regulares.
A TAM, protagonista de uma bem-vinda modernização na pintura das suas aeronaves, continua a manter um crescimento constante e agora faz parte da Star Alliance. Tendo deixado de operar os Fokker 100 e recebido os primeiros Boeing 777-300ER, a empresa, que arrendou temporariamente quatro 767-300 e começou a devolver os MD-11, conta, atualmente, com uma frota de 122 aeronaves, atingiu, no mês de setembro, 52,8% e 82,1% de participação nos mercados doméstico e internacional, o que representou uma importante evolução referente ao mesmo período de 2007.
A Gol, que iniciou a devolução dos Boeing 737-300 e que, no ano que passou, adquiriu a Varig, planejando várias linhas internacionais com 767-200 e 767-300 viu seus planos frustrados pelo aumento do preço dos combustíveis. Devolveu as aeronaves que haviam chegado e cancelou a vinda dos que estavam para chegar. O crescimento da sua frota de
Boeing 737-700 e 737-800 teve seu ritmo diminuído pela transferência de algumas dessas aeronaves para a Varig. Há muitos boatos a respeito do futuro dessas duas companhias, que pertencendo ao mesmo grupo, oferecem os mesmos serviços com o mesmo tipo de aeronave: desde que o nome Varig desaparecerá, como há anos desapareceu o da Cruzeiro, quando foi comprada pela Varig, até que o que desaparecerá será o da Gol, pois a Volkswagen teria ganho um processo pelo uso desse nome. Vamos esperar para ver.
A principal concorrente da TAM e da Gol/Varig surgiu este ano. Trata-se da Azul , que entrou no mercado nacional operando como “low-coast, low-fare”, com vôos ligando as importantes cidades do Brasil sem escalas. A frota da empresa estará composta por aeronaves Embraer 190 e 195.
A OceanAir, depois de desativar os Brasília e os Fokker 50, e devolver os Boeing 767 com que planejava, assim como a Varig, fazer rotas internacionais, padronizou a sua frota com os Fokker 100.
A grande novidade do mercado regional ficou por conta da Trip, que adquiriu a divisão de transporte de passageiros da Total (inclusive os aviões), transformando-se na maior companhia aérea regional da América do Sul e assinou contrato para a compra de jatos Embraer 175.
A Abaeté e a Rico operam com frota reduzida, e a Puma suspendeu temporariamente suas operações regulares.
Fonte: Avião Revue
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