Um homem que foi forçado a cobrir sua camiseta durante um vôo da companhia aérea JetBlue porque ela continha inscrições em árabe ganhou uma indenização de US$ 240 mil, segundo seus advogados. A indenização foi paga pela companhia aérea e por dois funcionários da Autoridade de Segurança em Transportes dos Estados Unidos, após um acordo judicial.
Eles foram acusados por Raed Jarrar, que reside nos EUA, de discriminação ilegal por causa de sua origem étnica e por causa das inscrições em árabe na camiseta. Esta é a maior indenização do tipo paga desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Os advogados de Jarrar classificaram a indenização como "uma vitória da liberdade de expressão e um golpe em práticas racistas".
Incomodados
O incidente ocorreu em 2006, quando Jarrar esperava para embarcar em um vôo da JetBlue no aeroporto JFK, em Nova York. Ele vestia uma camiseta que tinha a frase "Nós não ficaremos quietos" em árabe e inglês.
Segundo seus advogados, membros da Autoridade de Segurança em Transportes pediram que ele tirasse a camiseta porque os outros passageiros estariam se sentindo incomodados com os dizeres em árabe.
Eles teriam dito que usar uma camiseta com palavras em árabe em um aeroporto era como usar uma peça de roupa com a frase "eu sou um ladrão" em um banco. Após ser pressionado também por integrantes da empresa aérea, ele concordou em apenas cobrir a peça, mas, mesmo assim, teria sido obrigado a sentar em um lugar no fundo da aeronave.
A União de Liberdades Civis Americana (ACLU, na sigla em inglês), que representa Jarrar, afirma que este não é um caso isolado. Na semana passada, uma família muçulmana foi obrigada a deixar um vôo doméstico nos Estados Unidos depois de passageiros terem afirmado que eles teriam feito comentários "suspeitos" sobre segurança.
Mesmo depois de serem liberados pelo FBI (a polícia federal dos EUA), eles não foram autorizados a continuar sua viagem.
Fonte: BBC
Um comentário:
É...pelo menos o Judiciário - às vezes - dá margem à busca de compensação financeira, quando é perpetrada uma arbitrariedade dessas. Já dá para comprar um bom veleiro de 46', 47'. Ele deve ter passado raiva na hora, mas agora há de estar rindo sozinho. Que gente mais patética (e a autoridade e a empresa aérea mais ainda, por embarcarem na onda desses otários)...
Postar um comentário