A polícia abriu inquérito para verificar se houve imprudência do piloto e do copiloto do helicóptero que caiu nesta segunda-feira em Itupeva, a 77 quilômetros de São Paulo. A aeronave dirigida por Mauro Honório da Silva e Chao Chien Feng Júnior caiu por volta das 15h30m quando se preparava para pousar na Fazenda Barreira, no quilômetro 7,5 da rodovia que liga Itupeva à cidade de Indaiatuba. (Bom Dia São Paulo: Confira as imagens da queda da aeronave )
O empresário Gilberto Botelho de Almeida Ramalho, de 61 anos, morreu carbonizado. A mulher dele, Marisa Ramalho, a filha Roberta e a amiga Bruna tiveram ferimentos leves. Segundo os bombeiros, o piloto foi internado com queimaduras de primeiro e segundo graus e teve 30% do corpo queimado. As vítimas foram levadas para o Hospital Regional de Itupeva e depois transferidas para o Hospital São Vicente de Paula, em Jundiaí, e para o Hospital Albert Einstein, na capital.
As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil e a Aeronáutica. Câmeras instaladas na fazenda filmaram o momento da queda. O helicóptero modelo Agusta A 109C, matrícula PTY-FP, pegou fogo e explodiu. De acordo com os bombeiros, a aeronave vinha da cidade de Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, onde o empresário dono do estaleiro Intermarine possui uma ilha.
Segundo funcionários da fazenda que viram o acidente a aeronave tentou pousar uma vez e depois levantou voo. Em seguida, a aeronave tentou mais um pouso, mas já tinha chamas no motor. A aeronave bateu no solo de uma altura de 20 metros e o fogo se espalhou. Segundo testemunhas que viram o acidente, chamas surgiram na cauda do helicóptero momentos antes da aterrissagem.
Os bombeiros foram acionados e enviaram para a fazenda cinco viaturas e 16 homens. Um dos empregados da fazenda, Severino Silva, contou que após a queda da aeronave os passageiros se jogaram no chão. Silva disse que ajudou a puxar os passageiros para longe das chamas, mas o empresário ficou preso nas ferragens. A documentação e a parte mecânica da aeronave estavam em ordem na última vistoria feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em São Paulo, cidade com maior frota de helicópteros do país, houve 6 acidentes com helicópteros ano passado.
Na quarta-feira representantes da fabricante do helicóptero virão da Itália para ajudar na perícia. O helicóptero não tinha caixa preta. O empresário Gilberto Ramalho, de 66 anos, foi cremado nesta terça-feira no cemitério de Vila Alpina, na zona leste da capital.
Fonte: O Globo
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