O MP pede compensação ambiental pelas emissões de CO2 nos pousos e decolagens, que em 2010 eram estimadas em 14 milhões de toneladas/ano. O MP propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas nenhuma companhia assinou.
Na visão da IATA, as empresas não estão infringindo nenhuma lei ambiental e não há base legal para a imposição de medidas compensatórias para as emissões. ”Essas ações desconsideram os compromissos internacionais firmados pelo Brasil em fóruns multilaterais, incluindo a ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional). Também vão contra a posição do Brasil nas negociações com a União Europeia. O Brasil é contra a decisão unilateral da UE de tentar impor regime de comércio de licença de emissões para as companhias que voam para Europa.
Na época em que foi proposto, o TAC previa uma compensação financeira de US$ 1 a US$ 5 por passageiro embarcado no aeroporto. As companhias poderiam em troca plantar 50 mil m² de árvores nas áreas urbanas de Guarulhos ou comprar e reflorestar áreas degradadas de 200 mil m² em zona rural.
Como as empresas se recusaram a assinar o TAC, elas agora respondem na Justiça pelos danos ambientais causados à cidade. A ação do MP fala em multa proporcional aos danos causados desde o início das operações de cada empresa no aeroporto. Ou seja, é retroativa até 1985, quando o aeroporto foi inaugurado.
Dentre as companhias que estão sendo alvo de processo estão American Airlines, Continental, Delta, Avianca, Swissair, South África, Copa, Air Canadá, Gol, TAAG, Mexicana, JAL e Aeromexico.
METAS GLOBAIS DA AVIAÇÃO
A aviação já trabalha com metas globais de redução de emissões. No curto prazo, a meta reduzir em 1,5% ao ano o consumo de combustível até 2020. A partir de 2020, o crescimento do setor deve ser neutro em carbono. E até 2050, a meta é reduzir pela metade o volume de emissões registrado no ano de 2005.
Fonte: Folha (http://senhorespassageiros.blogfolha.uol.com.br/2014/03/10/companhias-aereas-sao-processadas-por-emissao-de-poluentes-em-guarulhos/)
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