A dois meses da Copa do Mundo, o governo divulgou o plano de operação do setor de aviação civil a ser executado durante o mundial, que vai abranger 90 aeroportos. O esquema funcionará de 6 de junho a 20 de julho e, segundo o governo, não afetará os horários dos voos comerciais.
O plano operacional selecionou 29 aeroportos prioritários nas cidades-sede e em localidades situadas em até 200 quilômetros. Neles, todos os pousos e decolagens deverão ser autorizados previamente pelas autoridades competentes. Também compõem o plano 45 aeroportos monitorados e 16 bases aéreas.
“Nós estamos preparados para anteder os brasileiros e estrangeiros que vierem para o Brasil na Copa”, assegurou o ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco.
Por motivo de segurança, haverá restrição de espaço aéreo nos horários dos jogos, que dará prioridade aos voos comerciais. Foram criadas três áreas de exclusão: a 112 quilômetros, só poderão voar aeronaves “conhecidas”, ou seja, com transponder ligado e plano de voo aprovado; na segunda faixa, com raio de 12,6 quilômetros, será proibido o trânsito de aviação geral, como jatos executivos; na área mais sensível, até 7,2 quilômetros do estádio só poderão voar aeronaves autorizadas pelo Comando da Aeronáutica.
As faixas de segurança do plano operacional funcionarão em intervalos diferentes, segundo cada fase. Para as partidas de abertura (São Paulo) e de encerramento (Rio de Janeiro), o esquema de restrição de voos funcionará a partir de três horas antes do jogo e se estenderá a até quatro horas após a partida. Para a primeira fase, o intervalo se inicia uma hora antes e acaba três horas após o apito inicial. E, para as demais fases, o intervalo se inicia com uma hora de antecedência da partida e se encerra depois de quatro horas - devido a possibilidade de os jogos se estenderem em prorrogação e disputa de pênaltis.
Segundo dados da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, foram ofertados 11,5 milhões de passagens aéreas para o período entre 6 de junho e 16 de julho. Até agora, foram emitidos 12% dos bilhetes, representando uma movimentação 10% maior do que no mesmo período do ano passado.
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Outra preocupação do governo envolve o estacionamento de aeronaves. “Teremos ao longo da copa do mundo quase 3 mil vagas de estacionamento de aeronaves, o que representa um incremento de 123%”, disse o secretário-executivo da SAC, Guilherme Ramalho. Os aeroportos mapeados poderão servir como estacionamento de aeronaves e as plantas com posição de espera já foram elaboradas.
Em São Paulo, por exemplo, cidade-sede da partida de abertura, o plano estabelece a vocação de cada tipo de aeroporto (se usado para aeronaves, grandes, pequenas, chegada de autoridades, estacionamento de aviões, etc). Na região foram mapeados seis aeroportos: Cumbica, Congonhas, Campo de Marte, Jundiaí, além da Base Aérea de São Paulo.
Aeroportos atrasados
Segundo o ministro Moreira Franco, apenas o aeroporto de Fortaleza manterá terminais provisórios – os chamados “puxadinhos” – durante o mundial. Ele minimizou o atraso de outras obras, como no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Para ele, a tendência no Brasil é a de que os terminais estejam em constante reforma devido ao aumento exponencial da demanda.
“Aeroporto é algo que tem de estar permanentemente ampliando suas instalações, ainda mais no Brasil em que estamos ampliando o número de passageiros em 10% por ano”, disse o ministro. “Um crescimento com essa velocidade, implica você estar ao mesmo tempo ampliando e buscando novas áreas para novos aeroportos.”
“O que nos dá tranquilidade, é que na copa vamos estar em condições de atender a demanda que vai vir para o Brasil”, disse o ministro.
No caso dos aeroportos administrados pela iniciativa privada, o ministro espera que estejam funcionando normalmente. No caso de Brasília, a presidente Dilma Rousseff inaugura o Píer Sul nesta quarta-feira – o consórcio Inframérica promete entregar o Píer Norte em maio. Também para o mês que vem são esperadas as conclusões dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos, SP) e Viracopos (Campinas, SP).
Fonte: Terra
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