6.10.18

Acidente com voo Rio-Paris tende a isentar Airbus (falha humana)



Relatório sobre acidente com voo Rio-Paris tende a isentar Airbus

Nove anos após o acidente com o voo da Air France Rio-Paris, o relatório definitivo dos especialistas judiciais tende a isentar a Airbus e a responsabilizar os pilotos pela tragédia, o que está provocando indignação entre os familiares das vítimas.
As conclusões do relatório, divulgado no dia 24 de setembro e ao qual a AFP teve acesso, foram enviadas aos juízes de instrução da vara de acidentes coletivos em Paris, na qual Air France e Airbus são investigadas por "homicídio culposo".
O relatório definitivo confirma em grande parte a versão provisória, divulgada em dezembro de 2017, que já havia provocado indignação nos familiares das vítimas.
Em 1º de junho de 2009, a aeronave que fazia o voo AF447 caiu no Oceano Atlântico, matando as 228 pessoas a bordo. O ponto de partida da catástrofe: o congelamento das sondas Pitot, que provocaram uma perda de parâmetros de velocidade do Airbus A330 e desorientaram os pilotos.
O relatório final reafirma que a "causa direta" do acidente foi "resultado das ações inadequadas da pilotagem manual" da tripulação.
"A pilotagem manual foi imposta após a desconexão do piloto automático devido ao congelamento momentâneo das sondas" (Pitot), concluíram três especialistas, mantendo a versão inicial e acrescentando o termo "momentâneo".

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Novo relatório aponta para falha humana em acidente da Air France em 2009
Acidente com o Airbus da Air France que caiu no meio do Oceano Atlântico quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, causando a morte dos 228 passageiros

Paris – O acidente com o Airbus da Air France, no dia 1º de junho de 2009, que caiu no meio do Oceano Atlântico quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, causando a morte dos 228 ocupantes do avião, deveu-se essencialmente por conta de um erro de pilotagem, segundo os responsáveis por uma segunda perícia entregue para a Justiça francesa.

De acordo com os peritos, “ações inadequadas no controle manual” da tripulação fizeram com que o Airbus A330 da companhia francesa caísse no mar.

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No relatório, que foi entregue ao juiz no dia 24 de setembro, e cujo conteúdo foi revelado por uma associação de familiares das vítimas, coloca em segundo plano as responsabilidades da Air France e especialmente da Airbus, fabricante do avião, ambas indiciadas por homicídio culposo.

O elemento que esteve na origem do acidente foi o congelamento das sondas no exterior da aeronave, o que levou a indicações erradas sobre a velocidade. Uma série de incidentes técnicos e humanos levou o avião a cair no oceano.


Segundo os peritos, “a causa direta do acidente é a perda de controle da trajetória do avião pela tripulação de voo”, em referência aos dois copilotos, um dos quais – o comandante – estava ausente da cabine naquele momento.

Outras “causas indiretas” são atribuídas a Air France por deficiência na formação e informação de seus funcionários, particularmente a falta de treinamento na pilotagem em alta altitude e no gerenciamento de incidentes sobre indicações errôneas de velocidade.

No que diz respeito a Airbus, os peritos assinalam a “ambiguidade da classificação do procedimento STALL” sobre o alarme devido a uma súbita perda de altura do avião, embora também ressaltem que isso foi “validado” pela Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa.

As famílias, segundo o jornal francês “Le Parisien”, mostraram uma certa incompreensão com estas novas conclusões que exoneram ou limitam a responsabilidade da Airbus e gostariam de questionar seus autores, observando que há contradições com uma perícia anterior. Por isso acreditam que um processo público é necessário.

https://exame.abril.com.br/mundo/novo-relatorio-aponta-para-falha-humana-em-acidente-da-air-france-em-2009/

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