30.4.14

Primeiro voo, 8h30 do dia 22, no aeroporto gov. Aluízio Alves

Oito e meia da manhã. Este é o horário determinado para que  decole o primeiro vôo do Aeroporto Internacional Governador Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante. A nova data marcada para o início das operações é 22 de maio – uma nova previsão, na verdade, uma vez que ainda pesam na balança as transferência das companhias aéreas para o terminal recém-construído e o processo de homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que só terá início em 19 de maio. 

O cronograma montado na última terça-feira (22), em reunião das companhias com as entidades da aviação, foi apresentado ontem pelo CEO do Consórcio Inframérica, Alysson Paolinelli, durante a 20ª edição do seminário Motores do Desenvolvimento, na palestra “O novo aeroporto da Grande Natal, seus planos e desafios.” “Existe um plano de transição das atividades que começa na noite do dia 22, no Augusto Severo, e se estende durante a madrugada. Alguns voos vão partir durante a madrugada, um ou dois devem ser cancelados para dar tempo de fazer a transferência dos equipamentos restantes das companhias aéreas. Mas o primeiro pouso acontecerá às oito e meia da manhã, no novo aeroporto.

Amanhã (30) é o prazo final para que o consórcio, responsável pela construção e gestão do novo terminal, entregue o sistema de informação do aeroporto para as companhias aéreas. Esse sistema de informação inclui a transição de dados de passageiros, informações de checkin e despacho de bagagens. A partir da data as companhias aéreas terão um prazo de 15 dias para fazerem a transferência para o novo terminal. No dia 19 de maio, a Anac irá ao aeroporto fazer a homologação das aéreas.

De acordo com o consórcio Inframérica, as obras físicas do aeroporto estão 99% concluídas, restando tempo para possíveis adequações solicitadas pela Anac no documento de homologação. A partir do dia cinco de maio, o grupo iniciará uma campanha de comunicação para informar as mudanças do terminal para os passageiros. “Sabemos que algumas pessoas compraram as passagens há meses, por meio de agências de viagens. O ministro e as companhias demonstraram preocupação com isso na última reunião. Por isso faremos um trabalho conjunto, com propaganda, para informar a população sobre a mudança”, salientou Alysson Paolinelli.

Expansão contínua 
Durante a Copa do Mundo, Natal vai contar com apenas um aeroporto para a aviação comercial. A garantia foi dada pelo presidente do Consórcio Inframérica, responsável pelo aeroporto Aluízio Alves. Segundo Alysson Paolinelli, o Augusto Severo permanecerá aberto durante o mundial com o fim único de atendimento à aviação executiva – jatinhos particulares, voos de delegações – tanto a gerada para o Rio Grande do Norte quanto para cidades vizinhas, como Fortaleza e Recife. O aeroporto funcionará como um “aeroporto alternado”.

Entretanto, a data “final” para início das operações do aeroporto Aluízio Alves, 22 de maio, não quer dizer o fim das construções no terminal. De acordo com Paolinelli, o aeroporto deve permanecer em contínua expansão, uma vez que o novo plano é transformar o terminal em um “aeroporto industrial”.

“O aeroporto é um aeroporto novo, ainda existem muito serviços que devem ser feitos. Temos a ideia de construção de um hotel, de postos de gasolina, de construção de centros logísticos para atração de indústrias... e isso nós estamos discutindo com algumas empresas que tem interesse em transformar o Aluízio Alves em uma cidade aeroportuária. Mas isso não vai acontecer até o dia 22, nem depois da Copa, mas nos próximos anos”, comentou Paolinelli.

“Não estamos construindo o aeroporto para a Copa, mas para o Estado. As obras não vão acabar agora. Serão 28 anos de operação: esse aeroporto tem que estar em crescimento contínuo”, admitiu Paolinelli. “Ele não vai estar 100% pronto no dia 22. É um aeroporto que tem que estar vivo para acompanhar o crescimento da cidade.” 

O consórcio também pretende fazer um investimento de R$ 1,6 milhões em capacitação da mão de obra no município, logo após o início das operações. De acordo com o presidente do consórcio gestor, essa é uma forma de garantir   mão de obra para atender a demanda gerada com as futuras expansões do aeroporto.

O grupo ainda pretende investir na expansão do centro de processamento de cargas, que possui capacidade, atualmente, para 10 mil toneladas em produtos. “Quando falamos em industria, vemos a potencialidade do nosso centro de carga. Custo, oportunidade de receita e transporte de carga são os três principios que as companhias analisam antes de iniciar uma nova rota. Estamos finalizando o transporte de cargas para 10 mil toneladas. Mas também estamos em negociação com duas empresas para construção de centros logísticos na cidade. Essa capacidade de processamento fará com que o aeroporto aumente seu fluxo de passageiros”, apontou o CEO.

Ele preferiu não adiantar quais empresas estão interessadas no aeroporto, mas adiantou que são empresas de alta tecnologia. 

Fonte: Tribuna do Norte

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