Quatro das seis principais companhias
aéreas de mais rápido crescimento no mundo no ano passado foram transportadoras
lowcost, como seria de esperar, mas a TAP, que não pertence a essa categoria,
faz também parte do restrito ranking,
A lista foi compilada pela classificação
das 100 maiores operadoras do mundo por capacidade disponível em 2017; os dados
foram comparados com o valor da capacidade anunciado em 2016 e ordenados por
crescimento percentual ano-a-ano. Todos os 100 melhores tinham mais de um
milhão de lugares disponíveis por mês durante 2017.
O estudo daquela empresa permitiu revelar
que o forte crescimento dos negócios domésticos juntamente com o lançamento da
primeira rota intercontinental, foram os mais fortes contributos para a lowcost
chinesa (LCC) Lucky Air crescer a uma taxa mais rápida do que qualquer outra
grande companhia aérea do mundo nos últimos 12 meses.
A companhia, uma subsidiária da Hainan
Airlines, tinha mais 3,3 milhões de lugares disponíveis em 2017 em relação ao
ano anterior, com uma taxa de crescimento de 35,3%. A Lucky Air lançou seu
primeiro voo em 2006 e expandiu-se rapidamente nos últimos anos. Além do forte
crescimento doméstico, conseguido com a ligação de cidades de ‘segundo nível’,
a companhia concentrou-se na expansão no sul e sudeste da Ásia, com voos para
Kuala Lumpur e Penang, entre outros.
Por outro lado, a Lucky Air lançou o seu
primeiro serviço intercontinental com a ligação entre Kunming e Moscovo, a que
rapidamente juntou serviços da Europa para São Petersburgo e Helsínquia.
No segundo lugar no ranking encontra-se a
companhia aérea indonésia Sriwijaya Air, com um aumento de 32,6% na capacidade
oferecida, que atingiu os 13 milhões de lugares disponíveis em 2017. A
operadora concentrou-se no crescimento internacionalmente nos últimos meses,
particularmente na China, adicionando serviços de Jacarta a Nanning e Haikou.
Igualmente oriunda da Indonésia, a Batik
Air, propriedade do Lion Group, ocupa o terceiro lugar, depois de aumentar a
sua capacidade disponível em 25% relativamente a 2016. Novas rotas lançadas
pela operadora em 2017 incluíram Chennai-Bali e Medan Kuala Namu-Kuala
Lumpur-Chennai.
A Eurowings, propriedade da Lufthansa, é,
segundo a empresa responsável pelo estudo, uma das mais preparadas para um
maior crescimento em 2018. Embora a companhia tenha falhado a aquisição da
transportadora austríaca Niki (lançada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Niki Lauda),
a Lufthansa promete investir cerca de mil milhões de euros para crescer rapidamente
este ano. Em dezembro de 2017 o grupo completou a compra da
Luftfahrtgesellschaft Walter, ligada à Air Berlin, adicionando 33 aviões à sua
frota.
A seguir surge a Wizz Air, companhia
húngara que se concentra principalmente nos mercados da Europa Central e
Oriental, mas que se expandiu constantemente para o oeste ao longo de 2017. Em
junho desse ano, abriu uma nova base no aeroporto de Luton, Londres.
A Indian LCC SpiceJet encontra-se em sexto
lugar, seguida da Beijing Capital Airlines, uma subsidiária da Hainan Airlines;
da transportadora chinesa Shandong Airlines; da companhia de bandeira TAP Air
Portugal; e finalmente da companhia aérea brasileira Avianca Brasil.
António Freitas de Sousa, artigo publicado
na página de internet “Jornal Económico“
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