16.2.18

Popularidade de drones aponta para possível futuro da aviação


Por trás das barulhentas exibições de voos acrobáticos e das filas de visitantes que admiram caças e mísseis sobre a pista, o futuro da aviação é apresentado em um salão da maior exibição aérea da Ásia. E são os drones.

Em meio à multidão de jornalistas, membros do exército e executivos de marketing, há um drone, ou seja, um veículo aéreo não tripulado, em quase todos os lugares. Do Global Hawk, o monstruoso avião de espionagem da Northrop Grumman que chegou voando da base da Força Aérea dos EUA em Guam, a um quadricóptero a bateria da startup local AeroLion Technologies, que pode voar por túneis subterrâneos sem GPS, existe um drone para tudo.

Bom, para quase tudo. Os executivos das grandes fabricantes de aviões para passageiros continuam falando com timidez sobre as aeronaves sem piloto. As viagens autônomas terão que avançar muito para que a maioria dos passageiros embarque tranquilamente em um avião sem ninguém no cockpit.

“Muitos passos ainda precisam ser dados para que a Boeing possa usar um avião autônomo, mas já estamos dando os primeiros desses passos”, disse Charles Toups, vice-presidente e gerente-geral de pesquisa e tecnologia da Boeing, que apresentou no mês passado um enorme avião de reabastecimento aéreo sem tripulação para a Marinha dos EUA.

Contudo, desde que não haja muitos passageiros na cabine, está claro que o setor de aviação sabe que os drones são o futuro. Stands anunciam drones que entregam encomendas, gravam vídeos panorâmicos 4K, pulverizam safras, levam pessoas ao trabalho, espiam seu vizinho, bombardeiam terroristas, combatem incêndios e muito mais. A Airbus exibiu seu octocóptero Skyways e afirmou que começaria a testar um sistema automatizado de entrega de encomendas em Cingapura no primeiro semestre deste ano.

Por Adam Majendie e Krystal Chia com a colaboração de Kyunghee Park/Bloomberg (http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=355586)



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