9.11.09

Jobim estuda impor limites a Congonhas em dias de chuva

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, determinou ao seu secretário de Aviação Civil, brigadeiro Jorge Godinho, que estude a viabilidade de tornar mandatórias as recomendações de segurança dirigidas ao Aeroporto de Congonhas no relatório sobre a tragédia do voo 3054 da TAM, em 2007. No documento, o Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado ao Comando da Aeronáutica, sugere que não se opere com pista molhada.

Das 33 recomendações do Cenipa destinadas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nove dizem respeito às regras de funcionamento de Congonhas. Além de "restringir, de imediato, a operação da pista principal à condição de "pista seca"", os militares sugerem que as pistas principal e auxiliar só sejam declaradas "praticáveis" quando suas características superficiais - atrito, textura etc - atenderem aos requisitos de resistência à derrapagem previstos na legislação aeronáutica vigente.

No dia seguinte ao acidente com o Airbus A320 da TAM, peritos da Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (Direng) fizeram medições e constataram que a macrotextura (característica que aponta, entre outras coisas, a capacidade de escoamento da água) do asfalto de Congonhas encontrava-se abaixo dos níveis recomendados em 78% dos pontos vistoriados.

O Cenipa recomenda ainda que a Anac fiscalize se a Infraero realiza o monitoramento periódico dos indicadores de qualidade do asfalto e estabeleça parâmetros para garantir a segurança das operações nas pistas principal e auxiliar, em casos de chuva.

Fonte: Estadão

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