3.3.08

Jundiaí ganha nova escola de aeronáutica

A EJ Escola de Aeronáutica Civil inaugurou ontem sua nova sede em um hangar no Aeroporto de Jundiaí para a formação de pilotos de vôos fretados, comerciais e agrícolas, além de instrutores e controladores.O investimento, segundo um dos donos, Ednir Antônio Gonçalves, de 55 anos, foi de R$ 3 milhões. A Escola foi criada em 1999 e tem sua sede em Itápolis, a 360 km da cidade de São Paulo. No total, a EJ possui 52 aeronaves, sendo que 25 ficarão à disposição de Jundiaí.

A Escola, que já está em funcionamento há 40 dias, deve receber em média 40 alunos este mês. Os requisitos básicos para participar das aulas é ter no mínimo 17 anos, o primeiro grau completo e boas condições físicas. "O investimento inicial do aluno é de R$ 1 mil nas aulas teóricas e depois R$ 10 mil nas aulas práticas", afirma Ednir Gonçalves. A unidade de Jundiaí tem como prioridade atender ao mercado de São Paulo e Campinas. "Essas áreas têm uma demanda excelente para novos pilotos", ressalta. A inauguração contou com a presença de autoridades da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Para o coronel-aviador Janôr Alfredo Basílio Dias, responsável pela 4ª gerência regional da Anac do Estado de São Paulo, em dois anos o mercado de trabalho terá déficit de pilotos. "As companhias estão em grande crescimento e há a necessidade de formação de novos pilotos."

Tráfego aéreo - Segundo o coronel Basílio Dias, até o final deste ano ficará definido quem será o responsável pela implantação de um novo controle de tráfego aéreo em Jundiaí. "Houve uma reunião na quarta-feira entre Anac, Governo, Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) para definir quem será o responsável por uma nova torre." Atualmente o controle no aeroporto de Jundiaí é feito por rádio-visual.

Sobre Jundiaí ser um aeroporto complementar de Congonhas, o coronel afirma que a questão está em estudo na Anac. Já o coronel Ajax Augusto Mendes Corrêa, responsável pelo setor de aviação agrícola da Agência, acredita que não é uma boa idéia a ampliação do aeroporto de Jundiaí por causa da proximidade com a Serra do Japi. "O morro não vai sair dali, e não há como ampliar a pista e manter a segurança."

Também estiveram presentes no evento o coronel-aviador Wanderlei Aparecido Ribeiro, responsável pela certificação das escolas e o brigadeiro Renilson Ribeiro Pereira, gerente geral de Vigilância Operacional da Anac.

Fonte: Jornal de Jundiaí

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