Com a iminência da decretação da falência da Vasp pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, o empresário Wagner Canhedo, dono da companhia, entrou com pedido de recuperação judicial para outras três empresas de sua propriedade: a Fazenda Agropecuária Vale do Araguaia, a transportadora Wadel e a empresa de ônibus urbano de Brasília, Viplan. O Tribunal de Justiça do DF, onde os pedidos foram feitos, concedeu prazo de 10 dias para que as empresas apresentem toda a documentação exigida pela Lei de Recuperação Judicial, como demonstrações contábeis e relação de credores.
Os ativos da Vale do Araguaia estão estimados em R$ 40,6 milhões, os da Viplan em R$ 28,3 milhões e os da Wadel, em R$ 11,8 milhões. O interventor judicial da Vasp, Roberto de Castro, que representa Canhedo, explica que a intenção do empresário é proteger os três negócios de “contaminação” com o processo da Vasp. “O pedido de recuperação se deve ao fato de que as companhias estão perdendo receita por conseqüência do processo da Vasp.”
Os bens e as receitas das três empresas são alvo constante de pedidos de penhora por parte de advogados trabalhistas que representam credores da Vasp. Para os trabalhadores, os pedidos de recuperação judicial das três empresas de Canhedo representam “mais uma manobra do proprietário da Vasp para impedir uma possibilidade, que não está afastada, de decretação da falência de todo o grupo econômico”, afirma a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio.
Fonte: Correio Braziliense
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