22.8.08

Especulações da SPANAIR

Das 172 pessoas a bordo, 19 sobreviveram. Parentes das vítimas focaram sua raiva em uma decisão para eles inexplicável: a Spanair permitiu a decolagem apesar dos problemas apresentados pela aeronave uma hora antes. Agora surgem evidências que anteciparam o desastre.

No hotel alugado pela companhia aérea para abrigar os parentes das vítimas, que tentam reconhecer os corpos carbonizados, corre uma história ilustrativa. Após saber que o avião apresentara problemas técnicos, um dos passageiros pediu para retirar-se da aeronave, mas foi impedido pela tripulação de bordo.

O balde de água fria vem à tona no momento em que Spanair defende a decisão de ter permitido a decolagem apesar de ter abortado uma tentativa anterior porque um medidor mostrara um aquecimento da válvula de captação de ar.

Testemunhas contam que o motor esquerdo do avião incendiou-se no momento da decolagem, forçando a queda. A aeronave é desenhada para decolar mesmo quando um dos mecanismos falha, mas fontes de aviação sugeriram que a válvula queimada deve ter girado e lançado fragmentos sobre a cauda da aeronave e o motor direito.

Outra versão que emergiu ontem é de que o o piloto do avião tenha usado o controle do reverso, normalmente acionado para pousos.

Javier Mendoza, vice-diretor de operação da companhia, disse que todos os procedimentos normais foram seguidos.

Para além da crise financeira, o trágico acidente de Barajas agrava o futuro da Spanair. Segundo o jornal El Mundo, até o co-piloto seria despedido dentro de um mês e meio. A empresa previa dispensar 1.100 pessoas para tentar evitar a crise.

Fonte: Jornal do Brasil

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