11.8.08

Privatização e autonomia incluem pauta de debates

A demanda de obras emergenciais e o funcionamento precário do aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim colocam em xeque a gestão da Infraero. Representantes do governo do Estado e do setor de aviação discutem amanhã alternativas para mudar o atual quadro deficitário do aeroporto e cobrar providências imediatas da estatal. O debate Tom Jobim: o futuro é agora – soluções para a retomada da importância estratégica do aeroporto Internacional para o Estado e o país promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado acontece na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

As limitações nos serviços oferecidos no Galeão irritaram o governador Sérgio Cabral, que confirmou presença no evento.

– Um negócio para ser administrado pelo setor privado – dispara Cabral, referindo-se a eficiência de aeroportos dos Estados Unidos, França e Austrália que encontraram na privatização a melhoria do serviço.

Outro sistema de gestão inclui a pauta da discussão: a administração pública autônoma.

– Não sou contra nem a favor do aeroporto ser gerido pela iniciativa privada ou pelo poder público. O que o Galeão precisa é ter autonomia para administrar a sua arrecadação e, não compartilha-lá com outros aeroportos do país – opina o professor adjunto de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Respício Espírito Santo.

Para o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), o usuário paga a tarifa de embarque e não tem um serviço adequado. As tarifas variam de R$ 8 a R$ 36 dependendo da categoria do vôo e do destino, doméstico e internacional.

– É irrelevante o consumidor pagar por um serviço defasado. Não podemos concordar que a porta de entrada do Estado e do país, o Galeão, continue com essa infra-estrutura precária – diz.

Pontos de venda

Transformar o Galeão em um aeroporto lucrativo para que reverta a arrecadação em melhorias para os usuário é o maior desafio apontado pela comissão. As tarifas aeroportuárias cobradas às companhias aéreas – de pouso e de permanência – e o aluguel dos pontos de venda não são bem administrados, segundo Picciani.

A exploração de pontos de venda nos aeroportos é uma ação lucrativa para o consultor de aviação da Bain Company André Castelline.

– A exploração do varejo valoriza o aeroporto e serve para viabilizar melhorias. Só depende da gestão – frisa.

Fonte: JB

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