A demanda de obras emergenciais e o funcionamento precário do aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim colocam em xeque a gestão da Infraero. Representantes do governo do Estado e do setor de aviação discutem amanhã alternativas para mudar o atual quadro deficitário do aeroporto e cobrar providências imediatas da estatal. O debate Tom Jobim: o futuro é agora – soluções para a retomada da importância estratégica do aeroporto Internacional para o Estado e o país promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado acontece na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
As limitações nos serviços oferecidos no Galeão irritaram o governador Sérgio Cabral, que confirmou presença no evento.
– Um negócio para ser administrado pelo setor privado – dispara Cabral, referindo-se a eficiência de aeroportos dos Estados Unidos, França e Austrália que encontraram na privatização a melhoria do serviço.
Outro sistema de gestão inclui a pauta da discussão: a administração pública autônoma.
– Não sou contra nem a favor do aeroporto ser gerido pela iniciativa privada ou pelo poder público. O que o Galeão precisa é ter autonomia para administrar a sua arrecadação e, não compartilha-lá com outros aeroportos do país – opina o professor adjunto de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Respício Espírito Santo.
Para o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), o usuário paga a tarifa de embarque e não tem um serviço adequado. As tarifas variam de R$ 8 a R$ 36 dependendo da categoria do vôo e do destino, doméstico e internacional.
– É irrelevante o consumidor pagar por um serviço defasado. Não podemos concordar que a porta de entrada do Estado e do país, o Galeão, continue com essa infra-estrutura precária – diz.
Pontos de venda
Transformar o Galeão em um aeroporto lucrativo para que reverta a arrecadação em melhorias para os usuário é o maior desafio apontado pela comissão. As tarifas aeroportuárias cobradas às companhias aéreas – de pouso e de permanência – e o aluguel dos pontos de venda não são bem administrados, segundo Picciani.
A exploração de pontos de venda nos aeroportos é uma ação lucrativa para o consultor de aviação da Bain Company André Castelline.
– A exploração do varejo valoriza o aeroporto e serve para viabilizar melhorias. Só depende da gestão – frisa.
Fonte: JB
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