As companhias brasileiras de transporte aéreo regular registraram perdas de R$ 1,27 bilhão em 2007. O resultado operacional negativo consta do Anuário do Transporte Aéreo de 2007 - Dados Econômicos, divulgado nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As perdas superaram em muito os resultados registrados em 2006, que foram de R$ 173 milhões.
Segundo a Anac, no mercado doméstico o resultado se deve à política agressiva de tarifas, caracterizada pelas promoções e descontos concedidos pelas empresas, e também porque, em 2007, o aumento da oferta de assentos (19,3%) superou o crescimento da procura (14,2%), o que ocasionou um menor índice de aproveitamento dos serviços.
Já no setor internacional, o principal impacto foi causado pelo fim das operações do grupo Varig (Rio Sul, Nordeste e antiga Varig) e a conseqüente concentração das operações em torno das empresas Gol e TAM.
As perdas são calculadas subtraindo as despesas das empresas das receitas obtidas. No mercado doméstico as receitas em 2007 foram de R$ 10,67 bilhões e as despesas chegaram a R$ 11,24 bilhões, uma perda de R$ 563,72 milhões.
No mercado internacional, enquanto as receitas foram R$ 3,652 bilhões, as despesas foram de R$ 4,359 bilhões, o que resultou em uma perda de R$ 706,83 milhões.
O índice de lucratividade também foi negativo entre as empresas de táxi-aéreo. Das regiões analisadas, a que compreende o Estado de São Paulo foi a que apresentou o mais baixo índice de lucratividade (-57,06%). Já a região que compreende os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e de Goiás e o Distrito Federal apresentou resultado positivo de quase 15% de lucratividade.
O anuário traz, discriminados por empresa, dados de despesas, receitas, oferta de assentos e ocupação, km voados, lucratividade, indicador de rentabilidade e ponto de equilíbrio financeiro.
As informações de desempenho foram obtidas nos Relatórios de Custeio e nas Demonstrações Financeiras encaminhadas por 23 empresas.
Fonte: JB
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