17.10.08

Consórcios disputam aeroporto

Ao menos três consórcios formados por grandes empresas de engenharia e construção civil devem disputar a primazia de construir o novo aeroporto internacional de São Paulo, obra que será licitada pelo Governo Federal e deve consumir R$ 5 bilhões. Estudo de um deles indica Mogi das Cruzes como área propícia para receber o investimento, conforme confirmou ontem um professor do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos, que participou do levantamento.

"É uma briga de cachorros grandes. Ao menos três grandes consórcios, formados pelas maiores empresas de engenharia e construção civil, vão disputar o contrato para erguer o novo aeroporto", diz um professor do ITA, que possui no currículo experiência na área de Engenharia de Transportes, com ênfase em Planejamento e Projeto de Aeroportos. O especialista, cujo conhecimento de causa levou-o a ser cotado para dirigir a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aceitou falar com O Diário, sob condição de que fosse mantido o sigilo de fonte.

Segundo ele, os três consórcios realizaram estudos técnicos para descobrir áreas adequadas para a instalação do aeroporto. "Um deles apontou Jundiaí como o local mais viável. Já o outro encontrou uma área localizada na Zona Sul da Região Metropolitana. O terceiro, para o qual prestei serviços, elegeu um terreno na região de Mogi das Cruzes", detalha o especialista. O jornal já havia apurado, por meio de outra fonte, que o consórcio tinha encontrado pontos propícios para a construção do terminal aeroportuário em Taiaçupeba, Jundiapeba e Santo Ângelo.

Para atender as exigências do Governo Federal, o terreno do aeroporto deve ter aproximadamente 14 milhões de metros quadrados e ficar próximo a uma grande rodovia. O professor do ITA diz que está atrelado a um contrato de sigilo que o impede de dar detalhes sobre a localização exata da área ideal para ser sede do empreendimento. Sobre os financiadores do estudo, limitou-se a confirmar que eles estão relacionados entre as quatro grandes construtoras de obras civis do Brasil: Odebrecht, Camargo Correa, OAS e Queiroz Galvão.

O Governo Federal já tem em mãos os resultados dos estudos contratados pelos três consórcios. É complicado, entretanto, saber de antemão qual o peso que eles terão na hora da definição do local. "Esta é uma resposta muito difícil. Como já disse, trata-se de uma briga de cachorros grandes, pois envolve as maiores empresas do setor. Que haverá uma batalha gigantesca dos representantes dos três para viabilizar os seus respectivos projetos, não há dúvida", diz o professor do ITA.

Na semana passada, a proposta da construção do novo terminal aeroportuário de São Paulo foi incluída no Plano Nacional de Desestatização pelo ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Miguel Jorge. Atualmente, trabalha-se na confecção do modelo de concessão, que está sendo elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Não há prazo para a licitação ser aberta.

Fonte: http://www.odiariodemogi.inf.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala Sério!!!
Esse sigilo todo junto com essas informações daonde ele vem só pode ser o Claudio Jorge, que sabiamente pulou fora do Caos que é a ANAC!!!