Foi dada a largada para privatização do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, segundo maior terminal de cargas do país. Nesta quinta, foi publicada no Diário Oficial da União a resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND ) que propõe a inclusão de Viracopos e do Aeroporto do Galeão, no Rio, no Plano Nacional de Desestatização.
O acordo foi fechado em março passado pelo governador José Serra com a Prefeitura de Campinas e o Ministério da Defesa. Ficou acertada a desapropriação, pelo Ministério da Defesa, de uma área de de 11 km quadrados, ao lado de Viracopos, para construção de uma nova pista, que custará R$ 400 milhões. A primeira fase da ampliação está prevista para 2010. De acordo com o projeto, Viracopos deve ter quatro pistas até 2030. O terminal de passageiros também deve ser ampliado.
Localizado a 99 km de São Paulo, Viracopos é líder na movimentação de cargas, mas não possui infra-estrutura suficiente no terminal de passageiros. A intenção é que a capacidade de aviões aumente para que Viracopos possa absorver mais vôos e ajude a desafogar Congonhas. Atualmente, a maioria dos vôos vendidos a moradores do interior do estado por operadoras de turismo tem como ponto de partida o aeroporto de Guarulhos. Até o acidente da TAM, em julho de 2007, que matou 199, os vôos saiam de Congonhas.
Atualmente, quem mora em Campinas e precisa se deslocar até São Paulo enfrenta congestionamentos diários nas rodovias Bandeirantes e Anhangüera.
De acordo com dados da Infraero, de janeiro a agosto deste ano Viracopos recebeu 21.688 vôos. Foram 741.496 passageiros, dos quais apenas 4.114 em vôos internacionais. Nele foram movimentadas 20% de toda a carga aérea do país, das quais 94% em exportação ou importação. O total é inferior apenas ao movimentado no Aeroporto de Guarulhos.
Fonte: O Globo
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