Comissão Europeia lança investigação contra empresas aéreas e aeportos; mais de um milhão nunca são achadas
42 milhões de malas são perdidas nos aeroportos em todo o mundo por ano, e 1,2 milhão jamais são encontradas de novo pelos passageiros. Diante dessa situação considerada como "crítica", a Comissão Europeia lançou nesta terça-feira, 17, uma investigação contra empresas aéreas e aeroportos e que estabelecer novas multas. O temor é de que, se essa tendência não for revertida, 70 milhões de malas estarão sendo extraviadas por ano até o ano 2019.
"A escala do fenômeno é preocupante", afirmou a Comissão. No Reino Unido, o Conselho de Usuários do Transporte Aéreo se queixam de que os passageiros não estão sendo compensados de forma adequada pelas perdas de malas. Em 2007, a cada 2 mil passageiros, um teve sua mala perdida e nunca mais achada. Diante da dimensão dos prejuízos, a UE agora defende uma "intervenção dos governos" no tema.
O comissário de Transporte da Europa, Antonio Tajani, anuncia que pedirá informações de empresas aéreas e aeroportos. Segundo ele, entre 2006 e 2007, o número de malas perdidas subiu em 8 milhões de unidades.
Uma das preocupações é com o comportamento das empresas aéreas de baixo custo, que deixam claro que se recusam a reembolsar passageiros por malas perdidas. Um tratado internacional entre países, assinado em 2004, obriga todas as empresas a compensar os passageiros em caso de perdas.
Mas, segundo a UE, os casos de abusos por parte das companhias são frequentes. Um dos casos aponta para a Ryanair, que pagou US$ 25,00 por uma guitarra quebrada durante o transporte. O passageiro havia pedido US$ 2,5 mil.
Fonte: Estadão
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