O Parlamento Europeu aprovou hoje um plano para reduzir os 27 espaços aéreos na UE para apenas nove, até Junho de 2012, como forma de diminuir as distâncias e os gastos de combustível.
Actualmente, a aviação emite três por cento do total de emissões de CO2 na Europa, em parte devido às manobras que os aviões são obrigados a fazer para contornar os espaços aéreos dos 27 países membros da União Europeia. Um relatório da Comissão Europeia publicado no ano passado mostrou que a rota aérea que liga Lyon (França) a Frankfurt (Alemanha) era 40% mais longa do que o necessário, enquanto a de Amesterdão (Holanda) até Milão (Itália) era 23% mais longa.
O novo plano, intitulado de Single European Sky II, pretende encurtar estas distâncias, ao mesmo tempo que reduz o número de emissões de dióxido de carbono e corta milhares de milhões de euros nos custos da aviação. A UE pretende diminuir as suas emissões de CO2 em um quinto até 2020, face ao que foi emitido em 1990.
Antonio Tajani, comissário Europeu dos Transportes, afirmou à Reuters que esta proposta levará a uma "modernização do controlo do tráfego aéreo que tornará os transportes aéreos mais práticos, sustentáveis e seguros".
O sector da aviação encontra-se em recessão, e espera-se que perca cinco por cento do tráfego este ano.
O grupo ambientalista T&E, que centra a sua acção em campanhas a favor de transportes mais sustentáveis, já criticou a medida. Dudley Curtis, porta-voz do grupo, afirmou à Reuters que os benefícios para o clima foram exagerados, visto a diminuição dos custos significar uma diminuição do preço dos bilhetes, o que por sua vez aumentará a procura de voos.
"Esta medida não devia servir como desculpa para prolongar o tratamento especial da aviação - a sua exclusão do Tratado de Quioto, assim como a isenção do IVA e de impostos sob o combustível", acrescentou.
Fonte: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370867
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