A Airbus pretende estender as buscas às caixas-pretas do avião da Air France que caiu em maio deste ano no Oceano Atlântico, matando 228 pessoas que faziam a rota Rio de Janeiro-Paris. O prazo final dos trabalhos na região seria 22 de agosto. Até hoje, somente 50 corpos e alguns destroços foram localizados.
"Nós queremos saber o que aconteceu, pois melhorar a segurança da aviação é nossa prioridade. Estamos totalmente empenhados em ampliar as buscas com uma contribuição significante”, disse nesta sexta-feira (14) Tom Enders, presidente da Airbus.
A busca ao avião teve, até agora, duas etapas. Na primeira, foram encontrados corpos e destroços. Na noite de quinta-feira (13), foi divulgado que o último corpo encontrado foi identificado. A tragédia deixou 20 brasileiros (12 homens e 8 mulheres) e 30 estrangeiros (13 homens e 17 mulheres) mortos. Nesta segunda fase de buscas, em vigor desde o meio de julho, a meta é ainda encontrar as caixas-pretas da aeronave.
"Atualmente, o que sabemos sobre o acidente não é suficiente para explicá-lo. Existem pontos de interrogação. Para as famílias, saber o que aconteceu é importante. Isso é uma forte motivação”, disse um executivo da empresa que pediu para não ser identificado.
A busca ao equipamento que grava as conversas dos pilotos na cabine está a cargo do navio francês 'Pourquoi pas", que está equipado com o minissubmarino Nautile e o robô Victor, preparado para operar sob a água. O comandante parou de se comunicar com a torre de controle e sumiu do radar entre a noite de 31 de maio e a madrugada de 1 de junho.
“Sabemos que o avião teve um problema de indicação de velocidade. E sabemos que ele caiu. No meio disso, não sabemos o que ocorreu”, afirmou o executivo da empresa francesa, responsável pela fabricação de aeronaves. No fim de julho, a Airbus recomendou a troca dos sensores de velocidade dos jatos A330 e A340.
Na época do acidente, a Air France informou que a aeronave tinha passado por uma "zona de tempestade com fortes turbulências" e que recebeu uma mensagem automática do avião, informando sobre uma pane elétrica.
Esta possível terceira etapa do trabalho de buscas não tem data para começar e nem estratégia definida, como explicou o executivo. “Só que, se ainda não achamos (as caixas-pretas), seremos obrigados de ampliar a zona de busca”, apostou o executivo.
Fonte: G1
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