Meta é coordenar crescimento das operações no país, onde a atividade industrial requer uma melhor estrutura
A fabricante de aviões europeia Airbus planeja estabelecer um novo centro de logística na China para coordenar o crescimento de suas operações no país, afirmou o presidente da Airbus China, Laurence Barron. "Nós temos tanta atividade industrial aqui que queremos harmonizar os sistemas de transporte para todos os bens que entram e saem da China para nós", disse Barron durante um fórum de aviação em Pequim.
O centro de logística provavelmente ficará em Tianjin, segundo o executivo. A Airbus abriu sua primeira linha de montagem final fora da Europa na cidade chinesa no ano passado. A unidade produz jatos A320 e entregou seu primeiro avião em junho deste ano.
A Airbus estima que sua procura por componentes e materiais na China vai aumentar para US$ 200 milhões até 2010 e para US$ 450 milhões até 2015. A companhia comprou cerca de US$ 70 milhões em peças e materiais da China em 2007 e espera comprar US$ 140 milhões neste ano.
Além disso, a companhia começou a construir uma fábrica em Harbin, no Norte da China, para fabricar grandes componentes para o jato A350 XWB e deverá iniciar as operações até o fim de 2010. A Airbus terá 20% de participação na unidade e a Harbin Aircraft Industry Group vai controlar 50%. Hafei Aviation Industry, Avichina Industry & Technology e Harbin Development Zone Heli Infrastructure Development terão 10% cada.
Os esforços da China para desenvolver sua própria linha de jatos comerciais para desafiar a Airbus e a norte-americana Boeing tornou a companhia europeia mais cautelosa quanto ao modo como faz negócios no país, disse Barron. "Talvez cinco anos atrás tivéssemos apenas assinado um subcontrato. Agora, decidimos assumir uma fatia de 20% na joint venture", afirmou.
A China está desenvolvendo uma aeronave chamada C919, que deverá fazer seu voo de estreia em 2014 e estar pronta para entrega em 2016. O avião vai comportar até 150 passageiros e será comparável ao Boeing 737 e ao Airbus 320. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Estadão
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