Depois de derrubar, facilmente, um helicóptero da Polícia Militar (com direito à repercussão na mídia internacional), os narcoguerrilheiros urbanos do Rio de Janeiro fazem novas ameaças de terror. Em conversas captadas por serviços de inteligência das Forças Armadas e da Secretaria de Segurança do RJ, os marginais já especulam que podem usar armamento terra-ar para atingir aviões em decolagem nos aeroportos Santos-Dumont e Internacional Tom Jobim.
Devidamente abafada para não gerar pânico, tal ameaça do narcovarejo transforma em meros reféns os comandantes dos organismos de segurança militares e civis. A narcoguerrilha urbana usa e abusa de instrumentos de comunicação da guerra assimétrica – mesma tática usada por grupos terroristas transnacionais. O clima de medo - “tudo pode acontecer, só não se sabe quando e nem onde, com precisão” - se transforma na arma mais eficiente do braço operacional do Crime Organizado.
Doutrinariamente, tal ameaça já exigiria uma ação direta das Forças Armadas no desmantelamento da narcoguerrilha urbana – que se aproveita da fragilidade operacional da Polícia Federal para reprimir, com mais eficiência e rapidez, o comércio ilegal de armas e drogas. A atuação das Forças Armadas tem respaldo constitucional e doutrinário. Mas as sutilezas políticas – e a própria fragilidade gerada pela falta de verbas ou o complexo de inferioridade em termos de armamento – inibem os militares que fazem um belo trabalho de Garantia da Lei e da Ordem no Haiti – mas não por aqui.
Agora, a inoperância no combate ao “quarto elemento” do crime se transforma em crise política entre os governos estadual e federal. Em conversa reservada com líderes empresariais cariocas, na noite de segunda-feira, o secretário de Segurança Pública soltou o verbo. José Mariano Beltrame reclamou da sobrecarga de tarefas da polícia fluminense, que estaria executando afazeres de responsabilidade do governo federal. Beltrame chegou a comentar que gostaria que os ataques do último sábado fossem vistos como os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, dando origem a uma política de segurança de Estado, não de governos.
Em repentina linha de ataque ao governo Lula, o presidente do Supremo Tribunal Federal repetiu ontem o mesmo discurso do delegado Beltrame. Gilmar Mendes pregou que que é preciso articular melhor a divisão de responsabilidades entre os governos federal e estaduais. Gilmar Mendes foi explícito, advertindo que é hora de se discutir o emprego das Forças Armadas na segurança pública. O ministro sugeriu a criação de um plano nacional para combater o crime.
Responsabilidade de quem?
Gilmar Mendes indicou, sem rodeios, que as Forças Armadas e a Polícia Federal têm responsabilidade direta pela entrada de drogas e armas pelas fronteiras mal guarnecidas:
“No Rio, há o uso de armamentos pesados, que são importados ilegalmente. Isso passou pela fronteira. Não é um problema básico do Rio, mas da falta de controle. Há uma responsabilidade nacional, não podemos imputar apenas às autoridades locais”.
A grande questão é: Gilmar Mendes usou tal argumento para ser técnico, ou apenas para gerar mais um desgaste político para o popular Stalinácio?
Fonte: Alerta Total/ Jorge Serrão
3 comentários:
O Governo do rio aceitar ajuda do Exército seria uma clara prova de incompetência política e moral para ele ( governador ) e para seu partido. Como andam as coisas, não seria nenhuma novidade se os bandidos abatessem um avião comercial em fase de aproximação ou decolagem... seria o q faltava...
Esse bandidos vão ainda se ferrarem bonito, digo isso em proteção as pessoas de bem que moram por lá. Em algumas favelas do Rio com Chapeu Mangueira e babilônia ja foram expulsos usando a policia pacificadora em acordo com a população e deu certo. Agora esses prescisam ser tratados com mais rigides caso não queiram se corrigir, a população não tem culpa de ter malucos burros que acham que so porque derrubaram um helicoptero estão com essa bola toda, aidna correm o risco de serem atacados de forma maciça, você "malandro" não é assim que trás comida para mesa do seu filho so vai conseguir disgraças, um dia é o dia da caça outro do caçador pense nisso.
É deveras preocupante, o Galeão,cercado de comunidades, a própria FAB perdeu áreas para invasões a anos passados, fazer uma inspeção de pistas de 4000 mts. durante à noite, quero ver se funcionário da INFRAERO , a faz com segurança. A trajetória das aeronaves na aprox. final por VCX (Caxias) passa sobre favelões, veja quem quiser nas cartas de aproximação. A situação se torna cada vez mais dramática, a INFRAERO, se mantem em silêncio, não sabem como irão operacionalizar conflitos sobre as áreas que avançam sobre as zonas de aeroportos, o entorno, vide Macaé ,cercado de favelas. Voar será , pelo visto cada vez mais perigoso se medidas sérias não forem tomadas, administrar lojinhas, shopings, é fácil, lá fora nos pátios e pistas, no sistema onde ocorre a aviação real,é que estão os problemas, cobrar a que autoridade????..Com a palavra o Ministro da Defesa.
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