Investimento se sustenta nas perspectivas de crescimento no movimento de cargas
A FedEx Express quer ampliar a sua área de operações em Viracopos e negocia com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a expansão do espaço em que armazena cargas. A direção da empresa pretende aumentar em 50% (600 metros quadrados) a área que hoje é de 1,2 mil metros quadrados. O investimento se sustenta nas perspectivas de crescimento da movimentação de cargas com o fim da crise econômica e novos produtos lançados, ontem, pela FedEx, que visam atender pequenos e médios exportadores.
A estratégia é atingir um público que precisa de serviços de transporte rápido, porém achava caro as tarifas dos produtos disponíveis no mercado. Os novos serviços — FedEx International Economy® e FedEx International Economy®Freight — têm prazo de entrega de quatro a seis dias e devem custar de 15% a 28% a menos do que os produtos do portfólio da empresa.
O diretor-geral-executivo para o Distrito Mercosul (Brasil, Argentina, Chile e Uruguai), Carlos Ienne, acentuou que o objetivo é apresentar aos exportadores produtos cujas entregas serão programadas e com custo abaixo de serviços como o FedEx International Priority. Ele afirmou que, hoje, 80% dos clientes da FedEx são pequenos e médios empreendedores. “A nossa expectativa é de atrair novos clientes e também deve acontecer uma migração de empresas que, atualmente, utilizam nossos outros produtos do portfólio”, comentou.
Ele lembrou que os empreendedores de pequeno e médio porte representam 98% da produção mundial e 63% dos empregos gerados no mundo. “O potencial é muito grande e nós acreditamos em um crescimento de clientes com esse novo serviço.” A empresa também aposta no programa FedEx PyMEx, que tem como foco aprimorar o conhecimento dos pequenos e médios em comércio exterior. “Os empresários ainda têm muito receio de se lançar na área de exportação.”
Ienne detalhou que as operações da empresa estão concentradas no Aeroporto Internacional de Viracopos. A FedEx iniciou suas atividades no País em 1991, com uma pequena área, e hoje ocupa cinco espaços. “Nós estamos no início de uma negociação com a Infraero para ampliar a nossa área de armazenagem. Pretendemos concluir a negociação no próximo ano fiscal, que começa em junho de 2010. A ideia é dividir o novo espaço para abrigar, em um lugar específico, as exportações e, em outro, as importações. O local que temos hoje está apertado e comporta as cargas importadas e exportadas.”
Ele destacou que, no Brasil, a turbulência financeira não foi tão severa como em outras partes do mundo. Para ele, o País já saiu da crise e há uma recuperação em curso. “Todos sentiram os impactos da crise econômica. Nós fizemos ajustes, mas não demitimos. Implantamos ações rápidas para corte de custos, porém sem eliminar postos de trabalho.” Ele afirmou que, agora, a empresa retomou as contratações. “O mês de outubro foi muito bom. Sentimos uma melhora gradativa da movimentação de cargas.”
Movimento
A FedEx não informa os volumes movimentados no Brasil. Mas ela opera com duas aeronaves: um MD 11 que faz cinco frequências entre Viracopos e Memphis (EUA), e um Boeing 727 para o Cone Sul, que também voa cinco vezes por semana a partir de Campinas. A capacidade ofertada pelo Boeing é de 250 toneladas, e das frequências do MD 11 de 85 toneladas. Ienne afirmou que o perfil das cargas expressas não é mais dos pequenos pacotes com documentos. “Nós transportamos até carros que precisam chegar de forma rápida. Recentemente, enviamos uma carga de pneus para o Canadá.”
O executivo da FedEx afirmou que a proporcionalidade das cargas importadas e exportadas é de 50% para cada uma das operações. “Há variação dependendo da época do ano e do câmbio”, disse. Ienne ressaltou que os novos produtos que entraram agora no portfólio da empresa também atendem às cargas courier importadas, porém, nesse caso, o cliente deve abrir uma conta na filial brasileira da FedEx.
Fonte: Correio Popular (SP)
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