Apesar dos destinos entre o país e a Europa serem apropriados para o novo modelo, infraestrutura dos aeroportos ainda não comporta os aviões
A Lufthansa se prepara para receber 15 novos aviões Airbus A380 até 2015. O modelo, com capacidade para transportar 550 passageiros, será o maior da frota da aérea alemã. As rotas para os aviões ainda não estão completamente definidas, mas já há 20 destinos potenciais em estudo, a maior parte partindo da Ásia e da América do Norte.
Os novos modelos não devem cobrir rotas brasileiras tão cedo. “O aeroporto de Guarulhos ainda não está preparado para receber um avião deste porte. Seriam necessárias mudanças na infraestrutura e o aeroporto só estaria pronto para receber este Airbus em três ou quatro anos”, disse Peter Köser, diretor-geral da Lufthansa para aeroportos na América Latina, em coletiva à imprensa.
Quem também criticou a infraestrutura aeroportuária no Brasil foi Peter Fellinger, que se prepara para deixar o cargo de diretor da Lufthansa para América Latina e Caribe. “A Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016 são anúncios que me assustam um pouco. Qualquer melhoria de estrutura para estes eventos já deveria ter ao menos começado a ser feita”, diz.
Mas apesar dos investimentos necessários para os aeroportos brasileiros receberem o modelo Airbus A380 da Lufthansa, a companhia aérea acredita que o Brasil seria um destino interessante para operações da aeronave. “A distância entre Brasil e Europa é longa e a demanda é boa. É uma rota que suportaria bem este avião”, diz Jens Bischof, vice-presidente da Lufthansa para as Américas.
Parceria com a TAM
A partir do ano que vem, a TAM vira membro efetivo da Star Alliance, que reúne companhias aéreas do mundo inteiro para facilitar parcerias e compartilhamento de voos. A empresa foi convidada a entrar no grupo no final de 2008, mas o processo de integração só será completado em abril de 2010.
A Lufthansa já anunciou que, quando isto acontecer, vai ter destinos e rotas em parceria com a empresa aérea brasileira. “Ainda é muito difícil precisar quais e quantos destinos serão compartilhados entre as duas companhias. Isto só deve ser anunciado quando a TAM entrar efetivamente na aliança, no início do ano que vem”, diz Jens Bischof, vice-presidente da Lufthansa para as Américas.
Qualquer acordo além de parcerias para voos está descartado. “Eu vejo o Brasil como o país de maior potencial de crescimento para a empresa na América Latina, porém, só em termos de números de destinos cobertos, e não em investimentos em infraestrutura”, explicou Bischof ao comentar uma possível fusão com a empresa.
Mudanças na diretoria
A Lufthansa também anunciou algumas mudanças na diretoria. A partir de dezembro, Peter Felling deixa o cargo de diretor-geral para a América Latina e Caribe, que ocupava há cinco anos, para assumir a vice-presidência de vendas da Saudi Arabian Airlines.
Aqui no Brasil, a Lufthansa recebe a executiva búlgara Albena Janssen, que após dez anos na empresa, vem para o país como diretora de vendas em marketing. Ela entrou na Lufthansa em 1998 e, antes de vir para o Brasil, ocupou o cargo de gerente para tarifas do Oriente Médio, África e América Latina.
Fonte: Época
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