20.1.10

Japan Airlines pede concordata na Justiça japonesa

A Japan Airlines (JAL) pediu concordata hoje, em uma das maiores quebras de empresa do país. Agora, a companhia entra em um processo de reestruturação do qual espera sair mais enxuta, ágil e livre de dívidas incapacitantes.

A maior empresa aérea asiática por receita pediu proteção contra credores sob a Lei de Reabilitação Corporativa - a versão japonesa do famoso Capítulo 11 da Lei de Falências americana - na corte distrital de Tóquio.

Uma consultoria estatal de recuperação de empresas vai ajudar a reorganização e se comprometeu a oferecer à JAL " recursos suficientes " durante o processo. O Ministério dos Transportes também informou em comunicado que o governo ofereceria " apoio necessário " , sem dar mais detalhes.

" A JAL constitui uma parte importante da rede de aviação que provê as bases para o desenvolvimento do Japão " , disse a nota. " Assim, o governo japonês vai prover o apoio necessário à JAL até completar sua reabilitação. "

O presidente da empresa, Haruka Nishimatsu, renunciou e a nova administração deve ser anunciada " no começo de fevereiro " , anunciou a companhia. Os voos não serão interrompidos. " Estams confiantes de que uma revitalização rápida será alcançada, depois da qual a JAL Group vai renascer como uma empresa que poderá, de novo, liderar a indústria aérea global. "

O acontecimento é o clímax de um processo que começou em outubro, quando a JAL - afogada em dívidas de US$ 25,6 bilhões - procurou pela primeira vez a ajuda da Enterprise Turnaround Initiative Corp. Sob o plano de reorganização, a companhia vai embarcar em uma revisão abrangente, para cortar as gorduras e a ineficiência.

A JAL disse que vai cortar a força de trabalho em uma " escala apropriada " . Notícias da imprensa local falam em cerca de 15,6 mil demissões, ou um terço da folha de pagamento, até março de 2013.

Não se falou sobre um desfecho do disputado cabo-de-guerra entre as americanas Delta Air Lines e American Airlines por uma fatia da JAL. Apesar dos infortúnios da empresa, seu acesso às rotas da Ásia é um prêmio apetitoso para as linhas aéreas estrangeiras.

Fonte: Valor Online

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