Companhias comparam situação atual à de 11 de setembro
As perdas das companhias aéreas provocadas desde a semana passada pela fumaça do vulcão na Islândia que paralisa o norte da Europa ultrapassam US$ 1 bilhão e estão levando as empresas a pedir compensações financeiras por terem sido forçadas a cancelar voos.
O executivo-chefe da British Airways, Willie Walsh, lembrou ontem que esse tipo de compensação foi paga após o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Segundo ele, empresas aéreas pediram indenizações à União Europeia e a governos de países cujos aeroportos foram fechados.
" Essa é uma situação sem precedentes que está provocando um grande impacto tanto sobre os passageiros quanto para as companhias " , disse Walsh. " Nós continuamos oferecendo a ajuda que podemos a nossos clientes, no entanto, essas são circunstâncias extraordinárias que estão além do controle das empresas aéreas. "
A BA afirma ter perdas de US$ 30 milhões por dia. Os aeroportos europeus começaram a ser fechados na quarta-feira. Pierre-Henri Gourgeon, o número 2 da Air France-KLM, disse que a empresa está perdendo US$ 47 milhões por dia.
Segundo o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), " a escala do impacto econômico [na aviação] é agora maior do que o do 11 de setembro, quando o espaço aéreo dos EUA foi fechado por três dias " . As empresas estão perdendo juntas US$ 250 milhões por dia, disse ele.
Ontem, a agência de controle aéreo da União Europeia anunciou que a partir de hoje suspenderia algumas das restrições. Os voos numa área no entorno do vulcão permanecem proibidos. Numa área mais distante, onde há menor concentração de cinza, os voos dependerão de avaliações de autoridades locais e do aconselhamento de cientistas.
Para Johannes Braun, analista do Commerzbank em Frankfurt, embora baseada em especulações, as perdas são incontestáveis. " É claro que isso está custando para as empresas e para os aeroportos muito dinheiro todos os dias, não há dúvidas a esse respeito " , disse ele. " Para as empresas aéreas, o impacto nos custos é mais ou menos comparável ao de uma greve. "
O pedido por recursos públicos tornou-se algo quase rotineiro para as empresas do setor, que acumularam US$ 50 bilhões em perdas nos últimos dez anos. Os ataques de 11 de setembro e as epidemia de Sars e de gripe suína provocaram um aumento nas medidas de segurança nos aeroportos. Depois de tudo isso, veio a crise financeira internacional. Todos esses fatores contribuíram para a queda na receita das aéreas.
Depois de 11 de setembro, o Congresso dos EUA aprovou ajuda de US$ 15 bilhões às suas aéreas domésticas - reação que pode ser invocada como exemplo a ser seguido por governos europeus.
Para outra analista do setor aéreo, Helane Becker, da Jesup & Lamont, já é possível imaginar que algumas aéreas europeias venham a pedir falência por causa da nuvem de fumaça do vulcão Eyjafjallajökull. Segundo ela, a BA é a uma das companhias em situação financeira mais difícil.
No caso das aéreas americanas, as perdas devem ser semelhantes às registradas em fevereiro, durante as tempestades de neve.
Fonte: valor Econômico
As perdas das companhias aéreas provocadas desde a semana passada pela fumaça do vulcão na Islândia que paralisa o norte da Europa ultrapassam US$ 1 bilhão e estão levando as empresas a pedir compensações financeiras por terem sido forçadas a cancelar voos.
O executivo-chefe da British Airways, Willie Walsh, lembrou ontem que esse tipo de compensação foi paga após o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Segundo ele, empresas aéreas pediram indenizações à União Europeia e a governos de países cujos aeroportos foram fechados.
" Essa é uma situação sem precedentes que está provocando um grande impacto tanto sobre os passageiros quanto para as companhias " , disse Walsh. " Nós continuamos oferecendo a ajuda que podemos a nossos clientes, no entanto, essas são circunstâncias extraordinárias que estão além do controle das empresas aéreas. "
A BA afirma ter perdas de US$ 30 milhões por dia. Os aeroportos europeus começaram a ser fechados na quarta-feira. Pierre-Henri Gourgeon, o número 2 da Air France-KLM, disse que a empresa está perdendo US$ 47 milhões por dia.
Segundo o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), " a escala do impacto econômico [na aviação] é agora maior do que o do 11 de setembro, quando o espaço aéreo dos EUA foi fechado por três dias " . As empresas estão perdendo juntas US$ 250 milhões por dia, disse ele.
Ontem, a agência de controle aéreo da União Europeia anunciou que a partir de hoje suspenderia algumas das restrições. Os voos numa área no entorno do vulcão permanecem proibidos. Numa área mais distante, onde há menor concentração de cinza, os voos dependerão de avaliações de autoridades locais e do aconselhamento de cientistas.
Para Johannes Braun, analista do Commerzbank em Frankfurt, embora baseada em especulações, as perdas são incontestáveis. " É claro que isso está custando para as empresas e para os aeroportos muito dinheiro todos os dias, não há dúvidas a esse respeito " , disse ele. " Para as empresas aéreas, o impacto nos custos é mais ou menos comparável ao de uma greve. "
O pedido por recursos públicos tornou-se algo quase rotineiro para as empresas do setor, que acumularam US$ 50 bilhões em perdas nos últimos dez anos. Os ataques de 11 de setembro e as epidemia de Sars e de gripe suína provocaram um aumento nas medidas de segurança nos aeroportos. Depois de tudo isso, veio a crise financeira internacional. Todos esses fatores contribuíram para a queda na receita das aéreas.
Depois de 11 de setembro, o Congresso dos EUA aprovou ajuda de US$ 15 bilhões às suas aéreas domésticas - reação que pode ser invocada como exemplo a ser seguido por governos europeus.
Para outra analista do setor aéreo, Helane Becker, da Jesup & Lamont, já é possível imaginar que algumas aéreas europeias venham a pedir falência por causa da nuvem de fumaça do vulcão Eyjafjallajökull. Segundo ela, a BA é a uma das companhias em situação financeira mais difícil.
No caso das aéreas americanas, as perdas devem ser semelhantes às registradas em fevereiro, durante as tempestades de neve.
Fonte: valor Econômico
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