13.5.10

Na história da aviação, apenas 13 sobreviveram sozinhos a desastres aéreos

Menino holandês se juntará às estatísticas dos casos raros de sobreviventes únicos de acidentes

A imagem do menino holandês que sobreviveu à queda de um avião líbio nesta quarta-feira já rodou todos os sites de notícias internacionais. Mas o nome, a idade e a história do único sobrevivente da tragédia que matou 103 pessoas ainda são desconhecidos. Quando chegar ao fim a cirurgia a que foi submetido por causa de ossos quebrados, o menino receberá a visita da embaixada holandesa, que confirmará sua identidade. A partir daí, seu nome se juntará às estatísticas dos casos raros de sobreviventes únicos de acidentes aéreos.

De acordo com o americano William Voss, especialista há 30 anos em segurança de vôo, a probabilidade de ocorrer um acidente aéreo é de 1 em 1 milhão. Segundo estudos do americano, em caso de acidente, é provável que dois terços das vítimas sobrevivam. Mas a existência de um único sobrevivente é quase um milagre. Desde 1970, foram apenas 13 acidentes aéreos em que um único ocupante do avião saiu vivo.

Um desses sobreviventes é Bahia Bakari. A menina permaneceu no mar por 13 horas, entre corpos e destroços do avião que caiu no Oceano Índico próximo às Ilhas Comores, na costa leste da África, com 153 pessoas a bordo. O acidente aconteceu em junho de 2009 com o Airbus A310 da Yemenia Airways, companhia aérea estatal do Iêmen. A adolescente francesa de ascendência comorense, então com 12 anos, foi encontrada boiando no mar agarrada a um destroço da aeronave, com hipotermia, queimaduras pelo corpo e a clavícula fraturada.

Seis meses depois, Bahia contou no livro Me, Bahia the Miraculate que, enquanto estava no mar, pensava ter sido jogada sozinha para fora do avião. Sem o cinto, ela sentiu uma forte pressão que a empurrou contra a janela. Bahia acreditava que sua mãe havia conseguido aterrissar em segurança e estava procurando por ela. Era a primeira viagem de avião da menina. Ela havia saído de Paris com a mãe. As duas passariam férias com parentes nas Ilhas Comores.

Desde o momento que foi retirada do mar, Bahia foi destaque na imprensa internacional. A caminho do hospital, na ambulância, uma equipe de TV francesa acompanhou a menina. "Dói?", perguntou o repórter. A menina respondeu sussurrando: "Um pouco, um pouco". Durante um mês, a imprensa francesa a chamou de "a menina que passou por um milagre".

Fonte: veja

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