21.7.10

Azul investe em voos regionais

Companhia compra 25 aeronaves planejando mais rotas pelo Interior, inclusive no Estado

Um negócio fechado no sul da França que será anunciado oficialmente hoje, na Inglaterra, deve inovar o atual modelo de aviação comercial no Brasil. A compra pela Azul de 20 aeronaves da ATR, parceira da gigante Airbus, traz a promessa de levar mais linhas ao interior do país, inclusive no Rio Grande do Sul.

O anúncio será feito durante a Feira Internacional da Aviação Civil e Militar de Farnborough, cidade a oeste de Londres, onde ontem a Azul confirmou outro contrato: de compra de mais cinco aeronaves da Embraer, em um negócio total de US$ 211 milhões. Essa aquisição, prevista para ser entregue até dezembro, fará com que a empresa opere com 26 E-Jets até o final do ano. Os jatos Embraer 195 custam pouco mais de US$ 40 milhões a unidade.

O negócio com a Embraer faz crescer a frota de jatos da Azul, mas é o contrato assinado em Toulouse, na França, que permite à empresa mudar sua estratégia de atuação no mercado. As 20 unidades do ATR-72, série 600 – um novo modelo de médio porte e propulsão turboélice, com valor aproximado de US$ 21 milhões a unidade – começam a ser entregues no final do próximo ano. O acordo prevê ainda a opção de compra de mais 20 aparelhos, totalizando 40 unidades.

Mais econômicas na comparação com os jatos, as aeronaves podem descer e subir em aeroportos médios e até pequenos (com pistas superiores a 1,5 mil metros). Esse detalhe, aliado à promessa de uma tarifa mais acessível aos passageiros por conta do menor consumo de combustível, permitirá novas linhas no Interior.

– Cidades com mais de 100 mil habitantes poderão receber os serviços da Azul. E outras, que já recebem, passarão a ter voos com mais frequência – assegura David Neeleman, presidente do conselho de administração.

A reboque, o incremento da frota abrirá oportunidades para profissionais do setor. No caso de colocar em funcionamento os 40 ATRs, a Azul terá de contratar de 400 a 500 pessoas. Já para fazer voar os aviões comprados da Embraer, precisará de 60 novos pilotos e 90 comissários até o final do ano.

Fonte: Zero Hora

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