6.8.10

Terminal 2 do Aeroporto JK é reaberto e Azul Linhas Aéreas começa a operar na cidade


A chegada da Azul Linhas Aéreas a Brasília marca, esta semana, o início de operações comerciais no terminal 2 do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Até então, o prédio localizado em frente à sede da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) era ponto de embarque e desembarque somente de voos executivos e de táxi aéreo. A Infraero investiu R$ 1,2 milhão para estruturar o local, cujo pátio pode acolher cinco aeronaves. Como os três voos diários da Azul para Campinas (SP) não atingirão nem metade da capacidade do saguão — que é de mil passageiros —, outras companhias se preparam para operar parte de seus voos no novo espaço.

As obras no terminal 2(1), inaugurado em 1988, duraram três meses e incluíram a instalação de monitores e equipamentos de raios X, ampliação do número de assentos no saguão e de vagas no estacionamento gratuito, com capacidade para 318 carros. O lugar ganhou café, restaurante, revistaria, caixas eletrônicos, farmácia e locadora de veículos. “O terminal está pronto para receber outras empresas”, comentou ontem o superintendente do Aeroporto de Brasília, Antônio Sales, durante a cerimônia oficial de início das operações da Azul na cidade. Segundo ele, há negociações em andamento e em breve a Azul terá companhia.

A rota para o interior de São Paulo foi inaugurada na última segunda-feira. São três voos diários para Campinas, saindo às 10h40, 15h42 e 20h11. A viagem dura cerca de uma hora e 10 minutos, em jatos Embraer 190 ou 195, com capacidade, respectivamente, para 106 e 118 lugares (os corredores possuem assentos duplos). O preço das passagens varia entre R$ 129 e R$ 390. Além de ter mais uma opção para chegar a São Paulo — a Azul oferece translado gratuito até a capital em ônibus executivos —, os passageiros que embarcam em Brasília podem, no interior paulista, fazer conexão para 17 cidades, número que saltará para 19 em setembro, quando a Azul começará a operar em Teresina e em São Luís.

De acordo com o presidente executivo da companhia aérea, Pedro Janot, os voos das duas primeiras semanas sairão de Brasília com taxa de ocupação entre 85% e 90%. A Azul entrou no mercado brasileiro em dezembro de 2008 e, na semana passada, atingiu a marca de 4 milhões de passageiros transportados. Dezenove aeronaves da Embraer fazem 37 rotas, incluindo 22 cidades, o que corresponde a 200 voos diários. É a quarta maior companhia brasileira — atrás da TAM, Gol e Webjet —, com quase 6% do mercado. A chegada a Brasília era. desde o início das operações, uma exigência dos clientes, principalmente de empresários e políticos.

Bilhete no varejo
Os brasilienses das classes C e D também estão na mira da Azul. A empresa negocia a venda de bilhetes em redes de varejo e supermercados — medida já adotada pela Tam, que fechou parceria com as Casas Bahia, em São Paulo. Até o fim de 2013, a frota da Azul deve passar de 19 para 53 aeronaves. “Ninguém precisa mais andar de ônibus. Vamos pegar o cliente pela mão e colocá-lo dentro do avião”, comentou Janot, antes de anunciar a venda, a partir da próxima segunda-feira, de um passaporte no valor de R$ 499. Com ele, o passageiro poderá voar quantas vezes e para onde quiser no período de um mês. As passagens podem ser pagas, inclusive, com cheques parcelados.

Por ora, não há previsão para a abertura de outros voos diretos da Azul partindo de Brasília. “Vamos focar em fortalecer a ponte-aérea com Campinas”, justificou Janot. O executivo comentou que a expansão na cidade também dependerá da capacidade aeroportuária. “Brasília tem seus gargalos. Precisamos perceber o desempenho dessa primeira linha”, ponderou. Ciente da urgência em ampliar a capacidade do aeroporto, a Infraero promete inaugurar até o fim deste mês mais quatro portões de embarque no terminal principal — hoje são 19. A obra, orçada em R$ 2,9 milhões, começou em 9 de julho. O chamado Módulo Operacional é uma solução de engenharia moderna, de rápida instalação.

1 - Modernização
Com a reforma, o terminal 2 — com 596 m² de área — passou a ter nove balcões de check-in compartilhado, que podem ser usados por qualquer companhia aérea, de acordo com a demanda de passageiros. O modelo torna mais rápido o atendimento e é uma tendência mundial.

Fonte: Correio Braziliense

Um comentário:

Anônimo disse...

como a imprensa é mal informada... a TRIP opera há tempos no T2 e a SETE, tabém.