12.11.10

Regulador europeu de segurança ordena inspeção de motor do A380

A agência de regulação do setor aéreo da Europa afirmou que fogo e vazamento de óleo são a causa provável de falha de motor que obrigou um superjumbo A380, da companhia aérea australiana Qantas, a fazer um pouso de emergência na semana passada. A autoridade ordenou inspeções rigorosas nos aviões A380 que utilizam motores da Rolls-Royce.

A Qantas afirmou na quinta-feira que espera que sua frota de seis A380, fabricados pela Airbus, fique em terra por pelo menos mais 48 horas conforme as investigações da falha da semana passada continuam.

A Singapore Airlines, que também tem o A380 com motor Trent 900 em sua frota, afirmou que pode precisar ter de substituir alguns de seus superjumbos por aeronaves menores para cumprir a diretiva europeia de inspeções mais rigorosas nos motores.

O A380 é a maior aeronave de passageiros do mundo e tem sido atingida por preocupações de segurança desde que o motor Rolls-Royce do jato da Qantas parcialmente se desintegrou em pleno voo na semana passada.

"Nossos A380 continuarão em terra pelas próximas 48 horas. Nesse estágio, não temos uma informação firme sobre quando as aeronaves vão voar", afirmou uma porta-voz da Qantas.

As companhias aéreas estão agora fazendo as contas do potencial impacto financeiro de manter aviões em terra e alterar planejamentos de voo, enquanto especialistas em aviação afirmam que a diretiva europeia envolve uma "grande" inspeção de segurança que provavelmente vai interromper programações de voo.

As ações da Rolls-Royce caíram cerca de 10 por cento desde o incidente com o jato da Qantas.

A Agência Europeia de Segurança na Aviação afirmou em seu site que a nova regra exige que companhias aéreas que usam motores Trent 900 em jatos A380 conduzam "inspeções repetitivas".

Como resultado, as companhias aéreas poderão ter de deixar as aeronaves A380 mais tempo em solo para a inspeção dos componentes do motor.

"Seria justo dizer que isso caracteriza um regime de inspeção grande. Vai precisar de uma série de horas e não se trata de uma checada rápida, como de duas horas, é algo mais para uma noite de trabalho", afirmou uma fonte do setor de aviação.

"Vai ser difícil saber como isso não vai interromper serviços, somente a Lufthansa e a Singapore poderão responder a essa questão", acrescentou.

A Singapore Airlines afirmou nesta quinta-feira que está cumprindo exigências de segurança, mas que não vai deixar seus A380 em solo.

Fonte: O Globo

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