Potencialmente perigosas, baterias são alvo de leis que restringem sua circulação em aviões, mas que também aumentam os custos de frete.
Parlamentares dos Estados Unidos aprovaram uma lei que proíbe o governo do país de classificar as baterias de lítio como material perigoso. Comenta-se, no entanto, que a decisão foi motivada pelo lobby de grandes empresas, e não levou em conta os danos que elas podem causar.
Em reportagem, a agência Bloomberg explica que o Departamento de Transportes, com o apoio do sindicato dos pilotos e de congressistas do Partido Democrata, propôs novas restrições ao transporte aéreo das baterias de lítio, com base na preocupação de que elas poderiam superaquecer e pegar fogo.
Se essas restrições fossem aprovadas, a distribuição dos produtos ficaria por volta de 1 bilhão de dólares mais cara, pois exigiria outro tipo de embalagem, reformulação da logística e treinamento dos funcionários.
O temor quanto ao superaquecimento das baterias de lítio é justificado pelos acidentes dos últimos anos. Em 2006, o recall de 1,3 milhão delas foi necessário, e em 2007 esse número subiu para 46 milhões.
A Lenovo já teve de reparar 208 mil de baterias de lítio presentes em seus notebooks, e a HP, 100 mil. A justificativa foi sempre a mesma: elas poderiam sofrer de combustão espontânea.
Já o site eHow.com, em matéria que descreve como esses componentes devem ser descartados, explica: “A exposição aos elementos dessas baterias podem causar problemas respiratórios e, em alguns casos, erupções cutâneas". Em muitos países, é proibido jogá-las fora, pois elas podem contaminar o solo e água se dispostas de maneira inadequada. Além disso, quando expostas a altas temperaturas, podem explodir.
A decisão da Câmara dos Deputados dos EUA difere da do Senado. Por isso, antes de a lei ser enviada ao presidente Barack Obama para ser sancionada, deverá haver um debate entre as casas. Aparentemente, a questão é simples: se pelo bem da segurança, 1 bilhão de dólares a mais devem ser gastos.
Fonte: IDG Now
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