12.4.11

EUA discutem novas restrições ao transporte aéreo de baterias de lítio

Potencialmente perigosas, baterias são alvo de leis que restringem sua circulação em aviões, mas que também aumentam os custos de frete.

Parlamentares dos Estados Unidos aprovaram uma lei que proíbe o governo do país de classificar as baterias de lítio como material perigoso. Comenta-se, no entanto, que a decisão foi motivada pelo lobby de grandes empresas, e não levou em conta os danos que elas podem causar.

Em reportagem, a agência Bloomberg explica que o Departamento de Transportes, com o apoio do sindicato dos pilotos e de congressistas do Partido Democrata, propôs novas restrições ao transporte aéreo das baterias de lítio, com base na preocupação de que elas poderiam superaquecer e pegar fogo.

Se essas restrições fossem aprovadas, a distribuição dos produtos ficaria por volta de 1 bilhão  de dólares mais cara, pois exigiria outro tipo de embalagem, reformulação da logística e treinamento dos funcionários.

O temor quanto ao superaquecimento das baterias de lítio é justificado pelos acidentes dos últimos anos. Em 2006, o recall de 1,3 milhão delas foi necessário, e em 2007 esse número subiu para 46 milhões.

A Lenovo já teve de reparar 208 mil de baterias de lítio presentes em seus notebooks, e a HP, 100 mil. A justificativa foi sempre a mesma: elas poderiam sofrer de combustão espontânea.

Já o site eHow.com, em matéria que descreve como esses componentes devem ser descartados, explica: “A exposição aos elementos dessas baterias podem causar problemas respiratórios e, em alguns casos, erupções cutâneas". Em muitos países, é proibido jogá-las fora, pois elas podem contaminar o solo e água se dispostas de maneira inadequada. Além disso, quando expostas a altas temperaturas, podem explodir.

A decisão da Câmara dos Deputados dos EUA difere da do Senado. Por isso, antes de a lei ser enviada ao presidente Barack Obama para ser sancionada, deverá haver um debate entre as casas. Aparentemente, a questão é simples: se pelo bem da segurança, 1 bilhão de dólares a mais devem ser gastos.

Fonte: IDG Now

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