15.6.11

Cinzas espalham prejuízos milionários

Ao bloquear o tráfego aéreo no extremo Sul e deixar aeronaves no chão, nuvem de fuligem provocou cancelamento de eventos e afetou a economia de regiões

Não foi apenas na Argentina e no Chile que a fuligem do vulcão Puyehue causou transtornos. No Rio Grande do Sul, hotéis e restaurantes também amargaram cancelamentos e tiveram de refazer as agendas para diminuir o impacto de mais de 200 voos cancelados desde quinta-feira. 

A TAM informou que pelo menos 49 rotas ligando Porto Alegre a destinos como Buenos Aires, Montevidéu, São Paulo e Curitiba tiveram de ser suspensas. A companhia aérea teve de cancelar 185 voos em uma semana. A Gol não mencionou o volume de suspensões. 

Ontem, todas as chegadas e partidas com destino a cidades uruguaias e argentinas foram cancelados nos aeroportos de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo a Infraero, o balanço até as 20h30min indicava a suspensão de 69 voos entre aeroportos brasileiros, uruguaios, argentinos, chilenos e paraguaios. 

Num efeito dominó, o cancelamento de voos das duas principais empresas aéreas brasileiras – TAM e Gol – afetou eventos programados para a Capital, como o Encontro Estadual de Formação do PT. Cinco debatedores convidados, incluindo um de Cuba e outro da Venezuela, não puderam desembarcar. Até o ex-presidente Lula cancelou sua vinda para a festa de 70 anos do ex-governador Olívio Dutra, no 
sábado.

As companhias aéreas também amargam prejuízos. Os 185 voos cancelados pela TAM, segundo o consultor Gustavo Cunha Mello, significam prejuízo superior a R$ 8 
milhões.

Na noite de ontem, as companhias aéreas Aerolíneas Argentinas, Lan e Austral tiveram de cancelar a retomada de seus voos com origem e destino a Buenos Aires devido a uma mudança repentina no vento. Segundo as autoridades aeroportuárias da Argentina, o espaço aéreo deverá permanecer fechado até o meio-dia de hoje.

Fonte: Zero hora / Aviacao.com

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