7.7.11

Aumenta pressão sobre o governo por falhas em Guarulhos


Aéreas internacionais reclamam à Anac sobre problemas provocados pela falta de agentes da PF nos terminais de embarque internacional do aeroporto

Na próxima semana, a Secretaria de Aviação Civil (SAC), órgão recém-criado pela presidente Dilma Rousseff, reunirá membros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Receita Federal e Polícia Federal para um encontro pouco amigável. O tema, como já se tornou praxe, são problemas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo – mais especificamente a falta de profissionais no setor de imigração dos terminais internacionais do aeroporto. Segundo apurou o site de VEJA, a reunião servirá, entre outras coisas, para pressionar a Polícia Federal a colocar mais agentes e funcionários terceirizados no local. 

A reunião é motivada por um ofício enviado nesta quarta-feira à Anac, de autoria da Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais no Brasil (Jurcaib). O grupo, composto por mais de 40 companhias aéreas que operam voos internacionais, redigiu o documento criticando a Polícia Federal pela falta de agentes nos guichês de imigração do aeroporto. Tais transtornos não são novidade para os que circulam por Guarulhos. No entanto, o que a Jurcaib alega é que a situação de caos do último fim de semana ultrapassou qualquer limite – sendo até mesmo mais grave do que em épocas de feriado prolongado, como Natal e Ano Novo. “Quase a totalidade dos voos internacionais neste fim de semana sofreu atrasos que variaram entre 40 e 90 minutos”, informa o ofício enviado à Anac, ao qual o site de VEJA teve acesso. 

Alguns atrasos nos voos ocorrem porque as companhias aéreas acabam optando por adiar o embarque na espera do passageiro preso na fila de imigração. Caso a companhia não queira esperar, a lei prevê que ela retire a bagagem já embarcada. Como a segunda opção é mais difícil de ser executada (e mais cara), o embarque acaba sendo afetado pelo atraso dos passageiros. Sobre isso, o ofício da Jurcaib culpa o trabalho insuficiente da PF. “A nosso juízo, a empresa contratada pelo Departamento de Polícia Federal para fornecer tal serviço não tem cumprido integralmente com o contingente mínimo necessário de funcionários para o atendimento destas atividades”, informa o documento. 

Em reportagem publicada pelo site de VEJA no mês de junho, a falta de agentes da PF nos aeroportos mostra-se evidente. Em Guarulhos, são apenas 64 agentes para um fluxo anual de 10,3 milhões de passageiros nos terminais internacionais. Procurada pelo site de VEJA, a Anac afirmou, por meio de sua assessoria, que não tem como regular o trabalho da Polícia Federal, já que esta se submete ao Ministério da Justiça.

Fonte: VEJA

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