15.7.11

Caixas-pretas de PE estão queimadas, diz investigador da FAB

O presidente da comissão que investiga o acidente aéreo com o turboélice L-410 da Noar Linhas Aéreas, que caiu no Grande Recife na quarta-feira e causou 16 mortes, disse nesta quinta-feira que as caixas-pretas da aeronave estão queimadas e serão encaminhadas ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). "Será feito um primeiro exame para verificar as condições de leitura dos equipamentos", disse o coronel Fernando Silva Alves de Camargo em entrevista à rádio Força Aérea FM.

Ele acredita que a investigação das causas do acidente não deve ser simples. Alves informou que encerrou hoje a coleta de materiais na área da queda do turboélice e disse que os materiais serão encaminhados para análise após uma triagem. "Existe uma dificuldade inicial na análise dos motores, pois eles foram produzidos pela República Checa e a abertura deles exige ferramentas específicas. Estamos buscando todos os indícios recentes do acidente, pois eles são fundamentais", ressaltou Alves.

O diretor geral da polícia científica de Pernambuco, Francisco Sarmento, anunciou no início da tarde desta quinta-feira a identificação de mais dois corpos entre as vítimas do acidente. O piloto Rivaldo Cardoso, 68 anos, e o engenheiro Marcelo Campelo, sócio da empresa Marca Engenharia, foram identificados pelas impressões digitais. A causa da morte foi o politraumatismo, a mesma causa da morte do copiloto Roberto Gonçalves. Com o anúncio, três dos 16 corpos foram identificados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) no Recife e vão ser entregues às famílias.

O voo da Noar Linhas Aéreas faria a linha Recife-Natal-Mossoró (RN) na manhã da quarta-feira, mas apresentou um problema assim que decolou e, ao iniciar o percurso de retorno à pista do Aeroporto dos Guararapes, no Recife, caiu em um terreno baldio que fica entre prédios com mais de 12 andares. O avião explodiu duas vezes e pegou fogo. Isso dificulta o trabalho dos legistas na identificação dos corpos. Ainda assim, a gestora do IML, Joyce Breenzinckr, afirmou que ao menos dez pessoas não tiveram as digitais queimadas de forma a impossibilitar a identificação.

Os corpos que tiverem as digitais queimadas, vão ser identificados através de exame da arcada dentária. Os casos em que o exame da arcada não forem conclusivos terão amostra do DNA retirada do tecido ósseo e enviadas a Salvador, para o laboratório de DNA da polícia científica da Bahia, já que Pernambuco não possui esse tipo de laboratório. Servidores da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco embarcaram para Salvador hoje para poderem apoiar o recebimento dessas amostras e agilizar a conclusão dos exames, explicou a médica-legista

Fonte: Terra

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