A Aerolíneas Argentinas, empresa estatal de aviação, reduzirá a sua malha aérea internacional e desligará da sua frota 21 aviões, sendo três jumbos 747, 16 Boeing 737-500 e dois MDs. O anúncio foi feito nesta manhã pelo ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, e pelo presidente da Aerolineas, Mariano Recalde.
As medidas estão dentro do contexto de redução do gasto público, que fez com que o governo argentino cortasse ao longo deste mês cerca de US$ 1 bilhão por ano em gastos com subsídios. Segundo a última informação tornada pública pela empresa, a Aerolíneas teve um déficit de US$ 486 milhões no ano passado, segundo US$ 416 milhões referentes à parte operacional. "Para 2011, estamos projetando resultados equivalentes", disse Recalde.
O enxugamento dos voos deverá atingir sobretudo as operações com Europa, América do Norte e Oceania. "A parte internacional responde por 40% do resultado negativo da empresa", afirmou De Vido. Tanto De Vido quanto Recalde foram enfáticos em afirmar que ficarão intocadas as frequências para os países vizinhos. Em relação ao Brasil, a razão determinante é ó superávit na conta de turismo.
"Cada visitante do Brasil na Argentina está deixando em média US$ 220 ao dia, o dobro da média para o resto do mundo", afirmou De Vido. Segundo dados da Câmara Argentina de Turismo, no ano passado 1,195 milhão de brasileiros visitaram a Argentina.
A desativação de 21 aviões significará uma redução dos assentos disponíveis, mas não uma diminuição da frota, já que a empresa fez em 2010 um forte investimento de compras de novas aeronaves mais compactas: adquiriu 20 aviões Embraer, 24 Boeing 737 e 11 Airbus.
Também foram anunciadas medidas para aumentar a carga de trabalho do pessoal operacional. Nos últimos dias, uma série de conflitos entre o governo e sindicatos prejudicou as atividades da companhia, que há oito dias chegou a suspender por 24 horas suas operações internacionais no aeroporto de Ezeiza.
Fonte: iG
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