15.4.16

Aeroportos: fluxo dos regionais supera o das capitais

Durante 2015, os aeroportos regionais brasileiros movimentaram cerca de 19 milhões de passageiros. O número representou um aumento de 2,4%, em relação ao ano anterior, e ultrapassou o crescimento dos aeroportos localizados nas capitais, que se manteve estável. Os dados são do estudo divulgado pelo Departamento de Planejamento e Estudos (DPE) da Secretaria de Aviação da Presidência da República.

Com o resultado, a aviação regional contribuiu para que o fluxo total de passageiros nos aeroportos brasileiros em 2015 tivesse um acréscimo de 0,2%. A aviação regional, atualmente, representa 8,8% da movimentação anual de viajantes do Brasil.

Entre os aeródromos regionais que movimentam mais de 300 mil passageiros por ano, Altamira (PA) foi o que registrou o maior crescimento: 35,9% a mais que em 2014. As obras para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte justificam o resultado favorável. Já os terminais de Navegantes (SC), Ribeirão Preto (SP) e Foz do Iguaçu (PR) tiveram aumento de 9,8%, 9,6% e 9,5%, respectivamente. Ilhéus, na Bahia, ficou em quinto lugar, com 8,6%. Vale destacar que Foz do Iguaçu alcançou o melhor resultado absoluto entre os regionais: dois milhões de viajantes ao longo de 2015.

“O resultado nos mostra a importância de investirmos nos aeroportos regionais. Eles serão fundamentais para o desenvolvimento do setor, integração do País e a promoção da inclusão social”, comentou o secretário de Aeroportos, Leonardo Cruz. “Por isso, a nossa expectativa é realizar, ainda este ano, as primeiras licitações para as obras do Programa de Aviação Regional, que contempla 270 aeródromos regionais”.

O aeródromo de Navegantes também se sobressaiu no quesito movimentação de aeronaves. Isso porque registrou uma variação de +6,4% ante 2014.

INVESTIMENTO

O Programa de Aviação Regional, citado por Cruz, prevê investimentos da ordem de R$ 7,3 bilhões para construção e reforma de aeródromos. O programa foi criado com o objetivo de conectar o Brasil e levar desenvolvimento e serviços sociais a lugares distantes das capitais brasileiras. A expectativa é que, a partir de novas obras, 96% da população esteja a, no máximo, 100 quilômetros de um terminal aeroportuário.

O investimento é oriundo do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), composto por taxas e outorgas da aviação, e que só pode ser investido de volta no próprio setor. A contratação das empresas responsáveis pelos estudos e obras é feita diretamente pelo Governo Federal, sem repasse de verbas a Estados ou municípios.

Mais de 40 milhões de brasileiros vivem, hoje, a centenas de quilômetros do aeroporto mais próximo da região. O programa trabalha para encurtar essas distâncias, aproximando moradores e turistas dos aeroportos brasileiros. O objetivo é que 96% da população esteja a, no máximo, 100 quilômetros de um terminal aeroportuário.

Confira os resultados da análise abaixo:



Fonte: Panrotas

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