13.4.17

Odebrecht deve ser substituída por chinesa no consórcio do Galeão

A Odebrecht deverá ser substituída por uma empresa chinesa no consórcio de concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, segundo apurou o blog.

A empresa chinesa formalizou uma proposta nesta semana e promete assumir o débito da Odebrecht no consórcio, pagando cerca de R$ 3,5 bilhões das responsabilidades já vencidas e a vencer da empresa brasileira.

As negociações estão em andamento e envolvem algumas áreas jurídicas, como as do ministério dos Transportes e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com informações obtidas pelo Blog, a substituição acontece no período da execução da garantia do contrato, mas está quase acertada a possibilidade de substituição da Odebrecht. 

A assinatura do consórcio Rio Galeão, que administra o aeroporto internacional do Rio de Janeiro, aconteceu em abril de 2014, mas o início da operação foi em agosto do mesmo ano.

Procurado pelo Blog, o consórcio afirmou que investiu R$ 2 bilhões na modernização do aeroporto para as Olimpíadas de 2016, o que, na sua visão, teve reconhecimento internacional de qualidade.

Contudo, afirmou que "a imprevisível queda expressiva do PIB por dois anos seguidos, coincidindo com os anos de maior necessidade de investimento e aliada [a] não liberação do empréstimo de longo prazo, afetaram o fluxo de caixa previsto”. Leia a íntegra da nota abaixo:

"O RIO Galeão assumiu a concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim em agosto de 2014. Logo em seguida, deu início às obras de modernização completa do aeroporto, com investimentos de R$ 2 bilhões, para prepará-lo para receber os Jogos Rio 2016. A operação dos Jogos Olímpicos foi vitoriosa e teve reconhecimento internacional, pela sua qualidade. A concessionária contou com recursos próprios dos acionistas – Changi, Odebrecht TransPort e Infraero –, financiamento de curto prazo do BNDES e receita gerada pela operação do aeroporto para concluir todas as obras previstas no contrato de concessão rigorosamente dentro do prazo e dos custos previstos.

A imprevisível queda expressiva do PIB por dois anos seguidos, coincidindo com os anos de maior necessidade de investimento e aliada à não liberação do empréstimo de longo prazo, afetaram o fluxo de caixa previsto, o que levou ao pedido de reperfilamento dos pagamentos anuais da outorga, permitido pela Portaria Ministerial 135/2017 e que não representará nenhuma perda para o Governo.

O RIO Galeão reforça seu compromisso com a continuidade da concessão e o desenvolvimento do país. Por isso, segue em entendimento com o Governo Federal para encontrar uma solução definitiva para a sustentabilidade do negócio, que prevê, além do reperfilamento da outorga e da liberação do empréstimo de longo prazo do BNDES, a reestruturação societária da concessionária."

Fonte: http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/odebrecht-deve-ser-substituida-por-empresa-chinesa-no-consorcio-do-galeao.html

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