19.9.17

Déficit de R$ 24,2 milhões tirou Aeroporto da Pampulha de privatização

Para especialista, governo teve medo de não aparecer ninguém interessado no aeroporto

Não é segredo que o governo federal está liquidando muitos ativos para arrecadar dinheiro e cobrir o déficit fiscal. No dia 23 de agosto, anunciou o leilão de 14 aeroportos, além da venda da participação em mais quatro, incluindo Confins. A expectativa era a de que o terminal da Pampulha estivesse nesse pacote, mas ele não entrou. O Ministério dos Transportes ainda não explicou o motivo. Mas as estatísticas podem dar uma ideia de porque que ele ficou de fora. Desde que os voos de grande porte foram transferidos para Confins, em 2005, o volume total de passageiros transportados ao ano despencou de 1,28 milhão para 300 mil. Isso é menos de 15% da capacidade atual. De lá para cá, o terminal saiu de uma receita superavitária de R$ 3,1 milhões para um déficit de R$ 24,35 milhões por ano.

O professor de análise de projetos de investimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBS), Diego de Magalhães Ozorio, afirma que, ao que tudo indica, Pampulha não entrou porque o governo teve medo de não aparecer interessados. “Se isso acontecesse, seria uma derrota moral”, afirma Ozorio.

O professor afirma que as atuais as condições de mercado – com menos demanda área –, somada às condições econômicas e políticas, não tornam Pampulha favorável no momento. “É um terminal com vocação para aviação regional, mas isso também depende de liberações, que o Ministério dos Transportes não quer dar, para voos de grande porte”, ressalta. Neste ano, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tentou retomar esses voos, mas o ministério barrou, alegando que Confins já é suficiente para a demanda da capital mineira.

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