São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse ser favorável à privatização da Infraero, estatal que administra os aeroportos do País. A medida está em estudo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também pode optar pela abertura de capital à iniciativa privada, no limite de 49%. Antes disso, o banco deve criar um plano de reestruturação da empresa. “Eu, pessoalmente, e como ministro também, defendo que a Infraero seja totalmente privatizada”, disse Miguel Jorge, acrescentando, porém, que acatará a decisão do governo.
Segundo ele, no mundo todo os aeroportos são geridos por empresas privadas e os sistemas de vôo, controle aéreo e as pistas estão nas mãos dos Estados. Apenas essas áreas são consideradas estratégicas para o governo, afirmou o ministro. Já as “lojas, o estacionamento e a escada rolante não podem ser considerados estratégicos.” Em sua opinião, o sistema atual gerou uma “deformação” como a que ocorreu em Congonhas.
A última grande reforma em Congonhas, lembrou Miguel Jorge, foi feita para que se pudesse alugar espaços e a área abriga hoje várias lojas de luxo. “A pista não teve reforma”, afirmou, referindo-se ao período que antecedeu o acidente da TAM, em julho, que resultou na morte de 199 pessoas. A vantagem da privatização para o usuários, na visão do ministro, seria o governo ter verba maior para aplicar em ações como a reforma das pistas.
Fonte: Tribuna do Norte (RN)
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