RIO - A causa de queda do monomotor modelo Cirrus SR22, prefixo TTIARO, que deixou quatro mortos no início da manhã de domingo, na Barra da Tijuca, pode ter sido falha de abastecimento. De acordo com o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 16ª DP (Barra), a aeronave foi abastecida com querosene no Aeroporto de Jacarepaguá, o que seria proibido. No domingo, o superintendente do aeroporto havia negado a possibilidade de a aeronave ter sido abastecida com combustível trocado, mas a comprovação foi feita pelo delegado através de notas fiscais no valor de R$ 960. A aeronave seguia para Florianópolis, em Santa Catarina, e teria ficado parada durante cerca de uma hora em Jacarepaguá para abastecer. (Veja fotos de leitores) .
De acordo com testemunhas, o monomotor já teria decolado com fumaça, e aproximadamente três minutos depois ele caiu. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o piloto Frederico Carlos Xavier de Tolla teria avisado a torre de controle do aeroporto que havia fogo no avião durante a decolagem, e que ele retornaria . O delegado Alessandro Thiers, também da Barra da Tijuca, no entanto, afirmou que o superintendente do Aeroporto de Jacarepaguá, Luís Fernando de Menezes Marques, disse em depoimento que a torre de controle teria tentado avisar ao piloto sobre a fumaça, mas não obteve resposta.( Veja fotos da remoção dos corpos )
A polícia e a Anac estão investigando se houve falha mecânica ou humana, e um laudo preliminar do caso deve ser divulgado em 30 dias. O laudo complementar deve sair em 90 dias. Nesta segunda-feira, peritos do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) recolheram destroços do avião monomotor. Eles procuram pela caixa-preta ou chip do avião.
O monomotor, que caiu no terreno da concessionária Citroën, na Avenida das Américas, era do empresário Joci Martins, de 57 anos, dono da Cota Empreendimentos Imobiliários, de Santa Catarina. Além do piloto e do empresário, estavam na aeronave o também empresário Gilmar Sidnei Toni e o fazendeiro Sílvio Pedro Vanzella. De acordo com Marco Alberton, diretor técnico da construtora de Joci Martins, os quatro corpos, que estão no Instituto Médico-Legal (IML), devem ser levados para Florianópolis num avião fretado.
Ainda de acordo com o diretor da imobiliária, Joci era um entusiasta da aviação e acabara de comprar o avião. Segundo ele, a queda surpreendeu todos os familiares, que aguardam o resultado da perícia para saberem o que aconteceu. Os reconhecimentos estão sendo feitos através de documentos, mas ainda não há previsão do traslado dos corpos, que serão sepultados em Florianópolis.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/03/03/delegado_diz_que_aviao_que_caiu_na_barra_da_tijuca_foi_abastecido_com_querosene-426054556.asp
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