Afetada pela crise mundial, companhia vai operar em dois novos destinos no Brasil
O preço do combustível e a crise americana prejudicaram muito o setor aéreo mundial, que tenta driblar a redução de passageiros nos mercados promissores. A companhia americana Delta Air Lines é um exemplo. Aposta no Brasil como alternativa para fugir da turbulência internacional.
Enquanto a companhia cancela vôos que não têm demanda, investe em novos destinos para o Brasil. Já são 35 vôos semanais para o país. De acordo com o vice-presidente para a América Latina, Christophe Didier, a economia brasileira aquecida é um chamariz para tentar recuperar os prejuízos.
Quem mora na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste não vai precisar fazer escala ou conexão pelo Rio e São Paulo para chegar aos Estados Unidos. A partir de 20 de dezembro, a Delta vai oferecer o vôo nonstop para Manaus–Atlanta.
O executivo prevê que o vôo vai atender a demanda de pessoas que trabalham em 100 empresas da região que têm matriz no Japão. Poderão usar a conexão de Atlanta direto para aquele país.
– O ecoturismo também atrai muitos americanos, europeus, canadenses e asiáticos para a região. Há dois anos, a Delta insiste na licença para aumentar a freqüência de vôos, concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil e o Department of Transportation e a American Airlines (DOT) no fim de junho, num acordo bilateral entre os dois países. Tivemos o apoio dos governos locais – explicou Christophe Didier. – Estamos muito confiantes em relação ao Brasil, um país gigantesco. Além disso, será uma maneira de desafogar os vôos no país.
E dois dias depois, a partir do dia 22 de dezembro, a Delta também vai oferecer o vôo entre Recife- Fortaleza e Atlanta.
De acordo com o vice-presidente da Delta, o vôo vai atender o passageiro que vem de fora, principalmente da América do Norte, Canadá e um pouco da Ásia.
Demanda grande
– Também teremos um pouco do turismo de negócios. Com a extensão geográfica do Brasil, não podemos ficar restritos ao eixo Rio–São Paulo – justifica o executivo. – A economia brasileira está muito aquecida e de 11 anos para cá, quando iniciamos nossas operações no país, muita coisa mudou. Hoje a demanda é grande, qualquer cidade tem potencial de crescimento.
O executivo disse ainda que outro fator que favorece a nova freqüência de vôo é que as cidades são geograficamente mais próximas dos Estados Unidos.
– Temos uma demanda reprimida nessa região – destaca Christophe Didier. – Queremos ser uma opção para quem quer ir aos EUA. A previsão é atender 30% do mercado asiático, 30% europeu e 40% americano.
A Delta fechou acordo com a Gol para possibilitar a chegada ao destino final. Outro ponto destacado pelo executivo é a oferta de vôos oferecidos no aeroporto de Atlanta, que disponibiliza mais de mil vôos diários. Segundo ele, de lá o passageiro segue viagem para qualquer país do mundo.
Ele confirmou ainda a fusão com a NorthWest Airlines até dezembro com objetivo de transformar a empresa na maior companhia global. E ressaltou que é uma maneira de se adequar à crise mundial ao destacar ainda que o movimento possibilita além da economia de gastos, ampliação da rede e melhoria na qualidade do serviço oferecido.
Fonte: Jornal do Brasil
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