Uma falha num alarme da cabine contribuiu com o acidente aéreo que matou 154 pessoas em agosto em Madri, disse o jornal El País na terça-feira, citando resultados preliminares da investigação. O alarme deveria ter avisado os pilotos de que os "flaps" das asas não se abriram corretamente durante a aceleração do jato MD-82 da Spanair pela pista do aeroporto de Barajas, em 20 de agosto, segundo o El País. O relatório preliminar citado no jornal aponta ainda um superaquecimento num termostato.
A Spanair, subsidiária da empresa escandinava SAS, não comentou a notícia. O acidente, o pior na Espanha nos últimos 25 anos, ocorreu logo depois de a empresa anunciar a demissão de um terço de seu quadro de funcionários devido ao acirramento da concorrência e ao encarecimento dos combustíveis.
O ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que o governo só vai comentar as investigações depois de sua conclusão.
"Na minha experiência, um acidente não acontece por uma só razão", disse Rubalcaba ao canal Telecinco. "Vamos esperar que o relatório seja concluído para descobrir o que aconteceu, porque há muitas teorias."
A caixa-preta indica que o avião subiu apenas 12 metros quando uma voz automática na cabine disse "stall, stall" (parar), segundo o El País. Em seguida, a cauda teria atingido a pista, e o avião caiu num córrego.
O jato havia chegado de Barcelona ao recém-inaugurado Terminal 4 de Barajas às 10h13 (hora local), e se preparava para decolar para Las Palmas (Ilhas Canárias) às 13h06 quando os pilotos informaram à torre sobre um "pequeno problema" e voltaram ao hangar.
Os técnicos descobriram o superaquecimento no termostato e retiraram um fusível do circuito. Quando a temperatura voltou ao normal, o avião regressou à pista para uma nova decolagem.
De acordo com o El País, a investigação ainda não descobriu se havia relação entre a falha no alarme, o problema nos "flaps" e o superaquecimento.
Fonte: O Globo
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