A Embraer informou que ainda não registrou cancelamentos de pedidos pelo seu jato regional E-Jet, mas reconheceu que a crise de crédito pode ter um impacto sobre novos pedidos.
As companhias aéreas têm lutado para enfrentar o aumento dos custos de combustíveis. Apesar da queda recentes destes preços terem gerado um certo alívio, a desaceleração econômica atingiu a demanda por viagens de negócios e de turismo.
Depois de um período de bonança, os fabricantes da indústria, notória por viver ciclos, têm se preparado para um decréscimo de demanda.
"Nós não tivemos nenhum cancelamento até o momento. Nós estamos acompanhando de perto, muito frequentemente, com os consumidores, com os bancos, com os arrendadores, com os atuantes no mercado financeiro para ver a situação para os próximos meses", disse Mauro Kern, vice-presidente-executivo de mercado da Embraer em entrevista à Reuters nesta quarta-feira.
Mas a companhia brasileira, que tem um registro de encomendas de mais de 400 aeronaves e que Kern disse que dá à empresa boa visibilidade, pode vislumbrar um impacto em novas vendas decorrente da crise de crédito.
"Nós sabemos que é um fato que o crédito foi substancialmente reduzido, nós podemos ter um efeito disso por vir, especialmente em termos de novas vendas", disse ele, acrescentando que "até agora não vimos nenhuma consequência firme nos pedidos atuais em termos da habilidade dos clientes em financiar seus aviões."
A terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, que compete com a canadense Bombardier Inc, não está mudando suas metas de entrega para 2008 e 2009 - entre 195 e 200 aeronaves para cada ano - por enquanto.
Mas Kern disse que espera poder confirmar ou revisar a meta nas próximas semanas.
"Os mercados estão subindo e descendo, a montanha-russa está a toda velocidade, e nós esperamos que nas próximas semanas essa volatilidade diminua o que nos permitirá ver as coisas com maior clareza", disse Kern.
Fonte: Reuters
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