"...Tudo bem que vão lembrar do economista Milton Friedman, da Escola de Chicago, e dizer que não há jantar de graça. Mas insisto que aeroportos deveriam ser locais onde a internet wireless poderia ser gratuita. Quem já tentou acesso no Galeão, por exemplo, deve ter notado que o serviço, que exige o número do seu cartão de crédito, não é lá muito confiável. A máxima econômica deixa claro que todo produto tem um custo e esse não seria diferente: Mas a conta bem que poderia ser rateada entre patrocinadores eventuais do site que dá acesso à navegação, apenas para citar um exemplo.
Já naveguei em aeroportos do exterior e a maioria cobra pelo serviço. A exceção foi o de Helsínqui, na Finlândia, mas acho que era um problema do servidor, porque tinha tanta gente com o laptop aberto no salão de embarque que só poderia ser por uma razão extemporânea.
O acesso à internet não é mais capricho ou exibicionismo daquele sujeito que acabou de ganhar o computador. A conectividade reduz as distâncias, acelera os negócios, elimina o tempo perdido na espera pelos vôos, transformando-o em uma etapa produtiva do dia.
Essa, é, aliás, uma tendência internacional, a julgar por uma pesquisa que descobri. De acordo com a última edição do iPass Mobile Broadband Index – feita por uma empresa que monitora o avanço do serviço de banda larga móvel e a sua utilização em locais públicos de todo o mundo – o crescimento do tráfego de dados em banda móvel nos Estados Unidos foi de 59% no segundo trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2007. Na Europa, Ásia, Pacífico e América Latina, essa explosão segue a mesma tendência, com uma constelação de hotéis, restaurantes, estações de trem e até praças oferecendo a conexão. Quanto mais simples o acesso, maior a audiência que pode atrair.
Segundo o vice-presidente de marketing da companhia iPass, Joel Watchler, os resultados mostram que cada vez mais as pessoas estão trabalhando fora dos escritórios, seja em viagens de negócios, seja em deslocamentos urbanos, ou checando os e-mails num salão de embarque. A avaliação combina tanto o uso dos laptops nos hotspots wi-fi, quanto os celulares com banda 3G. Nesse ponto, os aeroportos aparecem como um ambiente destacado em termos de popularidade: representam nada menos do que 40% dos usuários, desbancando os hotéis, que tinham 66% do uso e agora concentram apenas 34%. Por outro lado, o tempo de utilização é invertido, com 167 minutos em média nos hotéis contra 40 minutos de navegação nos terminais aéreos. Na maioria das vezes, quem navega esse tempo já está atrasado em uma hora. É comum.
Os diligentes europeus parecem ter percebido isso mais a fundo. Pela primeira vez, o Velho Continente passou os EUA em uso de hot-spots wireless para negócios na primeira metade do ano. O crescimento foi de 89% na Europa, o que é impressionante quando se sabe que o uso global subiu 47%. Quase 70% da navegação wireless se deu dentro da União Européia – ou seja, sete em cada dez países entre os maiores em usuários estão naquela região. A América, por sua vez, experimentou um crescimento de apenas 17% na utilização, e na média global a participação caiu, de 56% para 45%. De certa forma percebi isso nas duas vezes em que estive no país este ano. Os aeroportos estão cheios de gente irritada, mas sem laptops. Em um dos melhores hotspots wireless do JFK, a praça de alimentação no terminal da Delta, a atração não é mais o computador, mas os camundongos que vivem sob os sofás e passeiam driblando mesas e vassouradas.
Na Ásia, onde o trabalho é tudo e mais um pouco, o crescimento foi de 54%, mas representando 6% da média global. A América Latina e demais regiões, segundo o levantamento, cresceram 98% e 76%, mas são só 1% do tráfego. Londres aparece como a melhor do mundo, seguida de Cingapura e Tóquio. Chicago é a quinta do mundo, a primeira nos EUA..."
Fonte: JB Online SLOT
Um comentário:
O Aeroporto de Maringá-Pr é um dos unicos aeroportos que conheço que ofereçe gratuitamente o acesso Wireless.
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