14.10.08

TAM quer terminais exclusivos no Tom Jobim

Empresa demanda o mesmo para Guarulhos, apostando na Copa de 2014 e na entrada recente na Star Alliance

A TAM julga ter dois motivos fortes para pleitear a operação de terminais exclusivos nos aeroportos Antonio Carlos Jobim, no Rio, e Guarulhos, em São Paulo: acaba de ingressar na Star Alliance, principal aliança de empresas aéreas do planeta, e durante a Copa de 2014 terá papel decisivo no transporte internacional, o qual domina no país — fechou setembro com uma fatia de 82,09%.

— Nos dois casos, a companhia transportará também a imagem do Brasil e vai precisar de infra-estrutura adequada para representar bem seu papel — diz o vice-presidente de Comércio e de Planejamento da TAM, Paulo Castello Branco. — Rio e São Paulo serão cidades-chave para o movimento a ser gerado tanto pela Star Alliance quanto pela Copa do Mundo. No Rio, além disso, funcionará o centro de imprensa de 2014.

O executivo vê a Copa de 2014 como uma “uma bênção” para o setor aéreo brasileiro.

— Ela não nos deixa alternativas: temos que melhorar ou melhorar, sob pena de não realizarmos o evento.

Então, o ponto mais fraco da nossa aviação, que é a infra-estrutura aeroportuária, tem seis anos para fazer o dever de casa. O setor cresceu a taxas chinesas nos últimos quatro ou cinco anos e, nesse tempo, nossos aeroportos só ganharam reformas.

Não temos tempo a perder. E não creio que a crise financeira que vem assustando o mundo vá mudar muito esse quadro. Vamos fechar 2008 com crescimento ainda de dois dígitos e, em 2009, o setor aéreo brasileiro evoluirá de 8% a 9%, com crise e tudo.

O ingresso da TAM na Star Alliance, na terça-feira passada, representou a volta do Brasil à maior aliança global de empresas aéreas.

— A TAM agora é reconhecida como companhia aérea de padrão global — diz o presidente da empresa, David Barioni Neto.

Com a nova parceira, a Star Alliance volta a cobrir a América do Sul, um ponto em branco em seu mapa desde 2006, quando a Varig, que era membro desde a fundação do grupo, em 1997, foi desligada. A aliança conta hoje com 22 empresas internacionais e três regionais.

Sem os números da TAM, cuja incorporação total ao grupo vai demorar de 12 a 18 meses, elas respondem, juntas, por 31% do tráfego aéreo mundial. São 18.100 vôos diários para 975 destinos em 162 países, movimentando cerca de 500 milhões de passageiros por ano.

Vôo direto do Rio para Orlando começa dia 21 Segundo Castello Branco, por sua importância no mercado aéreo, a Star Alliance dispõe de terminais exclusivos para suas empresas em vários aeroportos do mundo, entre eles os de Londres, Paris, Frankfurt e Narita.

— Não estamos pleiteando nada de excepcional — diz o vice-presidente da TAM, que vinha costurando o ingresso da companhia na aliança desde o ano passado. — Um terminal exclusivo para um grupo de empresas como o da Star Alliance reduz custos na administração aeroportuária e na operação do tráfego aéreo e, sobretudo, facilita a vida do passageiro. Na avaliação dele, quando estiver plenamente integrada ao grupo, a TAM terá um ganho inicial de U$ 60 milhões em sua receita.

— Não vamos limitar a expansão de nossa malha internacional aos destinos cobertos pela aliança. Pretendemos manter nossa estratégia de crescimento no exterior, aproveitando os benefícios que a adesão à Star Alliance irá nos proporcionar.

Dia 21, a empresa começa a operar vôos diretos do Rio para Orlando. E em 1ode novembro sai o primeiro vôo direto do Tom Jobim para Nova York.

Fonte: O Globo

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