O vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Antonio Luiz Pizarro Manso, informou hoje que a companhia estuda produzir no futuro aviões de grande porte, ou seja, acima de 120 lugares. Em teleconferência com analistas realizada hoje para comentar os resultados do terceiro trimestre o executivo ressaltou, no entanto, que os planos são de longo prazo.
Questionado sobre a possibilidade de uma sociedade com a Airbus, Manso respondeu que a empresa tem uma parceria de longa data com a controladora da companhia européia, a EADS, que foi acionista da fabricante brasileira e também sócio em uma das empresas da Embraer em Portugal.
"Estamos estudando o desenvolvimento de um avião maior, um projeto que pode ser em parceria ou não. Essa decisão ainda está sendo estudada", disse ressaltando que é prematuro falar sobre o assunto neste momento. Sem dar maiores detalhes, Manso ressaltou que a maior dificuldade do projeto seria a definição do motor a ser utilizado na nova aeronave.
Financiamento
Manso afirmou que a empresa poderá financiar alguns clientes, se necessário, em razão da restrição de crédito no mercado internacional. O executivo ressaltou, no entanto, que a companhia poderá oferecer apenas operações de curto prazo como empréstimos-ponte. "Estamos acompanhando de perto a situação dos clientes que têm entregas previstas para os próximos seis meses e nada nos leva a crer que eles precisem de financiamento, mas se houver necessidade poderemos oferecer financiamento", afirmou.
O executivo disse ainda que não espera ver cancelamentos de pedidos por conta do aprofundamento da crise financeira internacional. "Tivemos neste ano a postergação de cinco entregas para 2009, mas não há risco de cancelamento de nenhum contrato", garantiu.
Manso afirmou também que até o final da semana deverá divulgar a nova projeção de entregas para 2009, durante encontro com analistas na sede da empresa. A previsão atual para o próximo exercício é de uma faixa entre 195 e 200 entregas de aviões comerciais e outras 120 a 150 aeronaves da área executiva, de menor porte.
Fonte: Agência Estado
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