12.11.08

Obra do terminal 3 do Galeão iniciará em 2014, afirma Infraero

Presidente da estatal, Sergio Gaudenzi, disse que este é prazo para reformas nos outros terminais do aeroporto

A Infraero quer iniciar a construção do terceiro terminal do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) a partir de 2014, informou nesta segunda-feira, 10, presidente da empresa, Sergio Gaudenzi. Esse é o prazo de conclusão da reforma dos terminais 1 e 2, cujas obras tiveram início na semana passada com orçamento de R$ 600 milhões. O executivo estima que em 2009 serão desembolsados pelo menos metade desses recursos.
 
Gaudenzi afirma que as melhorias nos terminais 1 e 2, além da construção do 3, independem da privatização ou concessão do Galeão, processo o qual critica. Ele afirmou que já avisou o ministro Nelson Jobim que abre a mão do cargo caso os aeroportos rentáveis sejam privatizados ou administrados pelo setor privado. De um total de 68 aeroportos sob administração da Infraero, Gaudenzi diz que apenas 15 dão lucro.
 
"Se o caminho adotado for o da privatização, eu não sou a pessoas mais acertada para conduzir esse processo. Deve ser alguém que tenha esse perfil", afirmou Gaudenzi, que tem defendido publicamente a abertura de capital da Infraero. De acordo com ele, algumas empresas estrangeiras especializadas em administração de aeroportos, como a Aéroports de Paris, já demonstraram interesse em investir na Infraero caso a opção seja abrir seu capital.
 
Gaudenzi também disse ser contrário à participação de empresas aéreas na administração de aeroportos, seja por meio de consórcios ou da construção de terminais próprios. Recentemente, a Azul Linhas Aéreas e a TAM manifestaram desejo de participar desse processo. "Nisso aí (participação de empresas aéreas) sou conservador. No caso de qualquer conflito, todo mundo vai querer tirar vantagem", disse Gaudenzi.
 
A Infraero deverá registrar receita de R$ 2 bilhões em 2008 estimou Gaudenzi. De acordo com ele, a empresa deverá ter lucro, mas ele não fez estimativas a respeito.

Fonte: Estadão

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