A Continental Airlines, única companhia norte-americana com voos todo o ano de e para Lisboa, teve uma quebra de 509 mil passageiros no mês de Janeiro, que equivale a uma redução em 13,1%, para 3,38 milhões.
O balanço operacional da companhia para o primeiro mês de 2009 indica que, medida em RPM (passageiros x milhas percorridas), a queda do tráfego em Janeiro foi de 10,8% e acarretou uma descida da ocupação média dos aviões em 3,4 pontos, para 74%.
A evolução da Continental espelha o impacto da crise na aviação comercial, tanto no transporte de passageiros como no transporte de carga, que foi o destaque da última informação da IATA sobre o tráfego internacional em Dezembro (clique para ler: IATA “em estado de choque” com queda em 22,6% do transporte internacional de carga).
A Continental revelou ontem que o grupo, incluindo a Continental Airlines e as regionais Continental Express e Continental Connection, tiveram em Janeiro uma queda em 23,3% no transporte de carga (medido em toneladas x milhas percorridas), mais grave, portanto, do que a ocorrida no último mês de 2008 (-22,3%).
A informação sobre o transporte de passageiros no mês de Janeiro indica que o grupo (principal companhia aérea e regionais) transportou um total de 4,56 milhões de passageiros, menos 12,8% ou menos 669 mil que um ano antes.
Em RPM, a queda do tráfego a nível de grupo foi de 11%, com quedas nos sectores doméstico, em 14,6%, e internacional, em 6,7%.
A queda menor no internacional foi sustentada principalmente pelo desempenho nas rotas de e para a América Latina, nas quais teve um crescimento em 2,3%.
Os voos transatlânticos tiveram uma quebra em 10,4% e as ligações osbre o Pacífico baixaram 11%.
A resposta da Continental a este quadro de queda da procura tinha sido uma redução média da capacidade do grupo em 6,5%), pelo que não evitou a descida da taxa de ocupação e, com ela, da receita unitária (receita por lugar x milha colocada no mercado), estimada em 5 a 6% a nível de grupo e entre 3,5% e 4,5% para a Continental Airlines.
O grupo especificou que em Janeiro a taxa de ocupação dos voos domésticos baixou 3,0 pontos, para 76,6%, e nas ligações internacionais a queda foi de 3,4 pontos, para 71,7%.
A informação indica ainda que a queda da taxa de ocupação nos voos internacionais foi mais grave nas ligações transatlânticas, onde atingiu os 6,7 pontos, para 64,7%, já que a queda da procura em 10,4% ocorreu face a uma redução de capacidade em apenas 1,2%.
Nos voos de e para a América Latina, que foi o único segmento com crescimento de tráfego, isso não impediu uma queda da taxa de ocupação em 1,4 pontos, para 79,9%, porque a capacidade teve um acréscimo em 4,2%.
Já nos voos sobre o Pacífico, que foram os que tiveram maior queda do tráfego (-12,8%) no segmento internacional, a taxa de ocupação melhorou 1,1 pontos, para 76%, porque a redução de capacidade tinha sido de 14,1%.
A Continental Airlines tem actualmente em curso o processo de saída da SkyTeam e integração na Star Alliance, aliança mundial de companhias liderada pela Lufthansa e de que a TAP é uma das companhias membro.
Fonte: Presstur
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