Para reduzir efeitos da crise, companhias afirmam que investirão mais em promoções Com chegada de novos aviões, demanda abaixo do esperado e aumento da concorrência, setor diz que tarifas no país deverão cair
As companhias aéreas deverão apostar em preços baixos, promoções e parcelamentos para driblar os efeitos da crise no setor em 2009. Segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, este será um ano difícil para as companhias aéreas e de preços mais baixos para os passageiros.
Em debate realizado ontem no Fórum Panrotas, as empresas adotaram uma atitude de cautela. A maioria fez as projeções para o crescimento do setor com base em uma expectativa de expansão da economia maior do que a atual.
Na prática, as empresas fizeram planos de aumento da frota com anos de antecedência, e a chegada de novos aviões em período de menor demanda pode resultar em tarifas menores. A Gol fechará o ano com mais quatro aviões e a TAM, com um saldo de mais três aeronaves.
"Isso pode gerar um excesso de oferta, que vai favorecer o cliente, com preços baixos e competição acirrada entre as empresas", disse.
Dentro de três semanas, a Gol pretende expandir o programa "Voe Fácil", para compra de passagem parcelada em até 36 vezes, para os agentes de viagens. Segundo Tarcísio Gargioni, vice-presidente de Marketing e Serviços da Gol, o programa representa hoje 4% da receita da empresa e, com a mudança, pode chegar a 10%.
Após registrarem em fevereiro o pior resultado para o mês desde 2003, com queda de 0,6% no transporte de passageiros no mercado doméstico, as empresas estão enfrentando ocupação, na baixa temporada, menor do que previam. A crise afetou o fluxo de passageiros do segmento corporativo.
Segundo Wagner Ferreira, presidente da Webjet, a companhia esperava operar em março com taxa de ocupação de 68% a 70%, mas o mês começou com percentual de 61%. "O fato de baixar o preço e fazer promoções cria tráfego extra e atrai o passageiro dos ônibus. Com promoções, poderemos ter transferência de passageiros do segmento rodoviário", disse. A empresa decidiu adiar o recebimento de cinco novos aviões.
O presidente da TAM, David Barioni, afirma que a promoção é uma ferramenta para ser usada em períodos de menor demanda. "Numa crise, não é só promoção que é importante. Devemos ter gestão competente, qualidade, controle de custos e manutenção de investimentos", afirmou.
No fim de semana, a CVC lançou promoção com desconto de 50% na parte aérea, em pacotes voando TAM para mais de 30 destinos no país. A promoção era válida até ontem e o pagamento podia ser feito em dez vezes, com entrada de R$ 1.
A Azul afirma que a crise não resultará em guerra tarifária, mas as empresas deverão usar estratégias como beneficiar o passageiro que compra com mais antecedência. Segundo Pedro Janot, presidente da Azul, ela investirá US$ 600 milhões neste ano e planeja começar a voar a partir do Rio de Janeiro, em abril, para cidades como Curitiba, Porto Alegre, Vitória, Goiânia e Brasília.
Fonte: Folha de SP
Um comentário:
Tenho certeza de que agora os passageiros etarão pagando um preço justo pelas passagens. Neste momento eu observo que as tarifas aéreas, não precisariam ser tão caras assim, sendo que oq paga realmente a viagem,são produtos levados pelo avião e não as passagens. Tenho certeza de que com uma empresa nova, as coisas tendem a melhorar para nós passageiros!!
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