A Anac irá liberar hoje o preço das passagens internacionais em voos para os EUA e Europa. Inicialmente, o desconto será de até 20% abaixo do piso estabelecido pela Anac. Em julho, os descontos passam a 50%. Três meses depois, em outubro, as companhias aéreas poderão oferecer preços até 80% mais baixos e, finalmente, a partir de janeiro de 2010, a tarifa será totalmente liberada.
Para que o leitor tenha uma ideia do que vem pela frente: hoje, o piso para tarifas internacionais em vôo (ida e volta) com origem no Brasil é de 708 dólares para os EUA. Para Alemanha, França, Itália ou Reino Unido, 869 dólares. Para Cuba, 848 dólares.
E os descontos devem vir mesmo: em janeiro, a Anac recebeu informações oficiais de quatro empresas aéreas estrangeiras dizendo-se dispostas a diminuir os preços, assim que a liberação viesse. A expectativa da Anac, porém, é de que as tarifas dos voos para a Europa caiam mais, por causa da maior concorrência.
A medida será discutida e votada na reunião de diretoria da agência, marcada para começar às 14h30. Como toda a diretoria da Anac já se declarou a favor dos descontos em outras ocasiões, não haverá surpresa e a medida começará a valer assim que for publicada no Diário Oficial, nos próximos dias. O SNEA, o sindicato das empresas aéreas, participará da parte da reunião em que será discutida a liberação. A Anac, aliás, resolveu abrir essa parte específica do encontro aos jornalistas.
Esta é uma das brigas pesadas que a diretora-geral da Anac, Solange Vieira, enfrentou nos últimos tempos. A TAM jogou todas as suas forças contra a liberação das tarifas. O SNEA chegou a entrar na Justiça em janeiro para barrar os descontos, alegando que prejudicaria as empresas nacionais que operam rotas internacionais. Conseguiu uma liminar, que já caiu, retardando o processo. Falava, sobretudo, em nome da TAM - a Gol, através de seu presidente, Constantino Junior, disse recentemente ser a favor da liberação dos preços das passagens.
Bem, agora, espera-se que as empresas aéreas cumpram a sua parte e baixem já os preços. Poderá se iniciar, então, uma justa "farra das passagens" - bem diferente daquela dos nobres parlamentares brasileiros.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/162231_comentario.shtml
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